terça-feira, 10 de abril de 2007

Pontuando o Pontual

Ok, isso é mais um desabafo do que um Post. Que assim seja...

Reunião as 17:30. Espero para falar com o vice-presidente da minha empresa. Entro na conferência e, após 15 minutos, desiludido, desligo o telefone.

É incrível o desrespeito que as pessoas têm com o horário, independente do nível em que estão. Fala-se do Brasil, que é coisa de brasileiro. Grande bobagem. Já vi atrasos em reuniões nos EUA, na Irlanda, na Itália. Diversas vezes vi indianos, chineses e japoneses entrando em reuniões atrasados também.

Para mim agenda é uma coisa sagrada. Se temos uma reunião marcada, vou estar lá ou, no mínimo, ligarei cancelando a reunião, com o máximo de antecedência possível. Sim, existem os casos em que só consigo ver que não chegarei a tempo muito perto da hora. Nesse caso, paro imediatamente o que estou fazendo e ligo para a pessoa. Simples, não? Como disse, é uma questão de respeito.

O Reggie comentou em fazer um Post sobre como não fazer papelão em uma entrevista. Uma das coisas que mais me chama a atenção é o horário do candidato. Se chegou atrasado na entrevista de emprego, que é um evento que pode mudar a sua vida, imagine no dia-a-dia. Vai ser um desastre, com certeza...

Enfim, não se esconda atrás de mito do “brasileiro atrasado” ou de qualquer coisa assim para justificar sua ausência – principalmente se você for o coordenador de uma reunião. Já vi um grupo inteiro ficar desmotivado por simples três minutos de atraso do coordenador. Parece bobagem, mas o grupo ficou com uma sensação de falta de consideração, de abandono. Não preciso dizer que a reunião não deu em nada. Nenhuma idéia brilhante saiu dali. Meu tio já falava: “as palavras comovem, mas os exemplos arrastam”. E na empresa, o que você mais precisa é de seguidores.

Mesmo depois de falar isso durante alguns anos, continuo ouvindo que o atraso é uma questão étnica. Isso me irrita. Se for mesmo, deve pertencer aos suínos, bovinos ou caninos. Não de humanos.

Dr. Zambol
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