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Guia Especial - Planejamento de Carreira

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mosca, N+1, Trator e Dengoso

Há alguns meses venho observando como algumas pessoas cobram e reagem à cobrança. É incrível o quão diferente conseguem ser nesse quesito. Não gosto de colocar etiquetas nas pessoas, não é esse o objetivo. Mas saber como as pessoas agem certamente ajuda a montar um plano de como podemos trabalhar para a evolução delas.

Abaixo, cito quatro estilos muito interessantes, que certamente você já se deparou com um ou mais deles em sua carreira. É claro que essa lista não é exaustiva.

  • Estilo Mosca: sabe aquela mosca que pousa na sua cabeça, na sua testa e não importa o que você faça ela volta? Aquelas que não adianta espantar e tentar bater nela no ar com as mãos? Pois bem, esse é o estilo de cobrança das pessoas-mosca. O cara deixa recado na sua secretária eletrônica, liga para o seu celular, lhe manda e-mail, lhe chama no Instant Messenger e ainda vai ao seu cube para ter certeza que você não vai esquecer de fazer o que ele está lhe pedindo. “Eu sei que você é muito ocupado, mas eu preciso da aprovação do Pedido X”. Pode ser uma coisa positiva (principalmente se você é que está atrasado no pedido do “mosca”), pois mostra interesse e comprometimento – fazendo a coisa acontecer sem atropelar as pessoas . Algumas pessoas só ligam o estilo mosca quando querem algo da alta gerência e não estão conseguindo. Outros, tem ele sempre ligado, com seus pares, como o time que comanda e com a alta gerência. Aí sim, pode ser prejudicial.

  • Estilo N+1: é aquela pessoa que, caso seja necessário entregar uma coisa no final da quarta-feira, e ela achar que leva um dia e meio para conseguir completar a tarefa, ela vai começar só na quarta-feira de manhã. Para pessoas com esse estilo, o mundo é assim. Elas planejam para que as coisas fiquem sempre no limite. O problema é que muitas vezes elas puxam tanto que só entregam no dia seguinte – no dia N+1. As pessoas N+1 são geralmente aquelas que priorizam o urgente e não o importante. Por isso mesmo ficam nesse ciclo eterno e não conseguem sair mais dele. Depois de alguns anos trabalhando em equipes, percebi que pessoas N+1 não são necessariamente ruins. Elas podem estar apenas em um ciclo vicioso e que é sua função ajudá-las a sair dele.

  • Estilo Trator: como todos sabem, um trator é muito difícil de ser parado. Quem se lembra das aulinhas de física sabe que QM = m * v (Quantidade de Movimento é igual à massa vezes velocidade). Para entender a fórmula aqui vai uma dica: um trator de mil quilos, andando a dez quilômetros por hora, poderia ser parado se atingido por uma bola de ferro de 1 quilo andando a 10 mil quilômetros por hora (ignorando, é claro, a deformação) ou por um tanque de 10 mil quilos andando a apenas 1 quilômetro por hora. Além da quantidade de movimento que o trator possui, ele ainda tem aquelas rodas grandes e o motor potente de baixa rotação, que tornam quase impossível a sua parada se o motorista estiver com o pé no acelerador. Pois bem. As pessoas-trator são exatamente aquelas que quando querem algo saem lavrando tudo - ninguém consegue pará-las. É quase o oposto das pessoas-mosca, que tem um estilo mais sutil de cobrança. Se uma pessoa-trator quiser uma aprovação sua e não lhe encontrar na sua mesa na hora que ele foi fazer o pedido (que pode ser na hora do almoço), você vai ficar logo sabendo que o diretor aprovou em seu nome porque ele foi na mesa dele, lhe informou que você não estava lá e que precisava disso ou o mundo ia acabar. Embora geralmente não sejam muito populares, devido aos seus métodos pouco ortodoxos, podem ser um recurso valiosíssimo em projetos críticos se (muito) bem gerenciados. O problema é exatamente esse: a pessoa-trator exige muita gerência por geralmente gerar muita reclamação.

  • Estilo Dengoso: para mim, esse é o estilo mais difícil de lidar - talvez por eu ter uma personalidade um pouco acelerada. É aquela pessoa que tem medo de machucar as pessoas e se emociona com tudo e com todos. Pisotear numa minhoca no caminho para o almoço pode ser motivo de muita comoção e comentários durante toda a semana. Cobrar o trabalho atrasado do colega que está insatisfeito é uma tarefa muito difícil para ela, pois “poderá magoar os sentimentos de uma pessoa que está passando por um momento muito difícil”. A pessoa-dengosa tem uma empatia tão aguçada que se coloca no lugar dos outros e multiplica por cem o que aquela pessoa sente ou poderá vir a sentir durante toda a vida. Um líder-dengoso pode ser muito complicado, pois tende a perder o respeito e o controle do time. Entretanto, é geralmente uma pessoa muito honesta e fará de tudo para que as coisas ocorram mas, é claro, sem machucar nem o mosquitinho da sala ao lado.
Certamente existem outros tipos, que podem ser assunto de próximos posts. Se você identificou outro tipo que não está aqui, por favor envie para contato@tribodomouse.com.br.

Dr. Zambol
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sim, Mais um Teste da Capricho

Talvez um dos nossos posts mais populares de todos os tempos tenha sido o Teste de Personalidade da Capricho, onde o Reggie apresenta testes de personalidade utilizados pelas empresas durante os processos de seleção. Mais tarde, o próprio Reggie voltou ao tema em Outro Teste da Capricho. Como sou um adepto das trilogias, aceitei o desafio de escrever mais um teste da Capricho. Para não correr o risco de ser acusado de blogueiro oportunista, justifico esse post em função de uma startup que encontrei durante as férias. 

Signal Patterns oferece dois testes. O de personalidade leva 10 minutos para fazer e segue uma linha chamada Big Five (no meu entender de leigo, algo parecido com o MBTI), além de um teste de afinidade musical, que não vem ao caso comentar. Coloquei ao lado o gráfico do meu teste de personalidade. O site apresenta ainda funcionalidades de rede-sociais, permitindo comparar os seus resultados com amigos e também buscar pessoas com resultados similares. Fico pensando onde isso tudo vai chegar, provavelmente eles vão expandir para um serviço de matchmaker, como os sites de relacionamentos amorosos. Imagino algo como: "Encontre a empresa que combina com você" e vice-versa. Departamentos de RH poderão buscar em um gigantesco banco de dados pessoas com o perfil psicológico procurado. Candidatos serão capazes de se candidatar para vagas em empresas alinhadas com seu perfil. Um admirável mundo novo.

Minha posição quanto a essa questão é um pouco ambígua. Durante o meu último processo de recolocação fui submetido a um teste de personalidade pela consultoria que contratei. O argumento deles é de que precisavam me conhecer primeiro para depois buscarem empresas que se enquadrassem ao meu perfil. De fato, o processo todo funcionou muito bem. Me senti representado no resultado do teste, o que certamente ajudou para o sucesso da minha recolocação. 

Porém, também sinto um pouco de desconforto com as implicações de tal abordagem. Lembro do  filme GATTACA, que descreve um futuro próximo onde as pessoas são discriminadas por suas características genéticas. Uma pessoa com predisposição para problemas cardíacos era sumariamente rejeitada em profissões que exigissem algum esforço. Atletas descartados ou incentivados na carreira pelas mesmas razões. Meu receio é de que uma análise psicológica nos leve a um caminho similar.
Afinal, quem pode prever o sucesso de um profissional com base no mapeamento de apenas um conjunto de suas características. Pessoas são muito mais complexas do que um apanhando de dados e, por mais científico que seja o processo, é impossível prever com confiabilidade suas reações em um determinado ambiente. O sucesso de um relacionamento, seja ele pessoal ou profissional, depende de uma miríade de fatores, dentre os quais o perfil psicológico dos indivíduos envolvidos. Talvez eu esteja sendo ingênuo ou utópico, e o que é pior, certamente, essas características também fazem parte da minha personalidade.

[]s
Jack DelaVega

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Cara Ruim


O cara era ruim de jogo. Não, ele era muuuito ruim de jogo. Chamava-se Victor e trabalhava no departamento de TI. Era um incompetente de marca maior, um exemplo para os outros. Não tinha a menor noção das coisas. Na real o coitado era burro. Mas além disso tinha aquela característica a mais que faz os burros serem notados: ele não sabia que era burro.

Trabalhar com ele era um terror. E pior que ele era analista de sistemas, ou seja, tinha certa responsabilidade por tarefas bem importantes no departamento (não se tinha idéia de como ele tinha chegado lá, mas ninguém era tão antigo para saber o porquê).

Ele nunca entendia as coisas de primeira. Parte porque parecia que ele tinha uma certa pressa para tudo. Diálogos como o a seguir ocorriam a toda hora:

- [Fulano] E é assim que o sistema deve funcionar.
- [Victor] Ah, então ele deve fazer A e B ao mesmo tempo?
- [Fulano] Não, como eu acabei de explicar, primeiro ele faz A e depois B.
- [Victor] Por quê?
- [Fulano] Porque é assim que funciona o nosso processo de negócio.
- [Victor] Entendi. Bom, não sei se conseguimos fazer A e B ao mesmo tempo, mas vou conversar com o Carlos da área técnica e te retorno assim que possível. Seria melhor se não precisasse.
- [Fulano] Victor, não queremos A e B ao mesmo tempo. Primeiro A, depois B.
- [Victor] Sim, sim, já entendi.

Nem preciso dizer que volta e meia se percebia que Victor havia 'entendido errado'. O problema era que ele era extremamente voluntarioso. Ele ia atrás de informação, conversava com Deus e o mundo, desenhava diagramas, escrevia documentos, trabalhava que nem um cavalo. O problema, como eu falei, é que muitas vezes ele 'entendia errado' e daí ia tudo na lata do lixo.

Não dava para dizer que ele não dava duro. Que ele não se esforçava. Só que ele simplesmente não conseguia entender as coisas, e ao invés de prestar mais atenção, ir com mais calma, não. Ele pisava fundo, sempre.

Foi então que contrataram o Vicente. Ele ia trabalhar como gerente de projeto na área do Victor. Sua responsabilidade era atender o que o Victor pedia - pois ele definia os sistemas - e controlar a equipe para entregar o esperado.

O problema que logo se percebeu era que o Vicente era igualzinho ao Victor. Burro, mas burro de doer. Esforçado também, muito trabalhador. E teimoso.

Eles passaram a sentar lado a lado. Daí já viu.

Dois meses depois a equipe estava enlouquecida. Victor e Vicente se degladiavam em emails com cópia para a equipe toda, discutindo como o sistema deveria funcionar, ou como haviam entendido um requisito, ou sobre qual opção era melhor de se seguir. Uma bagunça só. E o mais curioso era que os dois não se falavam, quer dizer, fora dos emails. Não viravam a cadeira para o lado para dizer 'vem cá, vamos conversar sobre esse requisito'. Não. Passavam horas debatendo em minúcias as partes mais insignificantes dos sistemas. Tudo por email. Com as opiniões mais estúpidas possíveis. E sempre copiando todos da equipe.

Uma hora o pessoal do desenvolvimento explodiu.

Eles acabaram por hackear os PCs de Victor e Vicente. Instalaram um vírus que os permitia obter controle da máquina. E a cada vez que os dois começavam com a coisa dos emails, o pessoal ia lá e começava a ejetar a bandeja do CD, ou mesmo resetar as máquinas. Tudo muito engraçado.

Engraçado, até o Victor reclamar para a gerência:

- "Meu PC está com algum vírus, e o do Vicente também. Coisa muito estranha. Se eu mando um email com calma, tranquilo, ele vai. Tudo funciona bem. Quando eu estou com pressa, querendo esclarecer alguma coisa, o email não funciona. Quando preciso mandar um email bem importante, tranca tudo, começa uma loucura e a máquina reseta".


Reggie, the Engineer.
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Último E-Mail

"
Para
: Carlos (Gerente); Mario (Diretor); Mathias (Presidente)
Cc: _Todos_Colegas_

Caro Carlos,

Novamente estou aqui, em mais um dia completamente perdido em minha vida. É simplesmente o oitavo fim-de-semana consecutivo que tenho que vir resolver algum problema no sistema que instalamos no Farmacom - a fábrica para a qual vendemos nosso sistema.

Eles estão em época de vendas recorde e estão com turnos noturnos e com funcionários também trabalhando nos sábados e domingos, para dar conta da demanda.

Como havia lhe avisado, havíamos feito um teste de performance em nosso sistema e ele aguentava até 10 mil pedidos/hora. Como nunca mexemos em nada, adivinha só!? Nada mudou! Ele continua suportando os mesmos 10 mil pedidos por hora e não os 20 mil que você vendeu para a Farmacom e pediu para que ninguém abrisse o bico.

Meu trabalho aqui é sempre o mesmo. Fico de 5 a 6 horas limpando registros e re-inicializando os sistemas enquanto todo mundo fica parado. Até que o pessoal parece gostar. São umas trezentas pessoas ganhando para ficarem paradas. Ouço muitas risadas. Acho que eles percebram que o salário no fim do mês vem igual. Quando chego, alguns já me chamam de "O Organizador do Recreio". São umas figuraças...

Chamei o gerente e contei a mentira que tu vendeu para eles hoje, Carlos. O coordenador de produção não ficou muito feliz não. Disse que vai contar pro Mário, nosso diretor. Copiei ele aqui nesse e-mail, para a notícia chegar mais rápido.

Tava muito irritado hoje, lá pelas duas da manhã. Estourei, saí do normal! Tiveram que até medir minha pressão - acharam que eu estava tendo um ataque cardíaco. Mas não te preocupa. Agora, perto já das 4 horas da manhã, estou mais calmo. Depois que falei para o pessoal o que tu fez com as licenças do Visual Studio na nossa empresa para dizer que tinha cortado os custos e ganhar o prêmio de gerente do ano, parece que o peso todo saiu de mim. Fiquei bem melhor depois. Lembra que tu falou para a contabilidade que eram apenas 10 licenças necessárias mas que na verdade temos 30 desenvolvedores e tu instalou sem o consentimento do presidente um monte de licenças pirata, mesmo sendo ele terminantemente contra? Que loucura, hein!? Ninguém descobriu nada ainda e tu foi quem mais economizou aquele ano. Estou copiando nosso presidente nesse e-mail também. O que será que ele vai achar disso?

Mas Carlos, estou te escrevendo esse e-mail também para te avisar que a esteira ainda tá parada. O banco de dados dessa vez corrompeu e não tem volta. Quem imaginaria que aquela rotina de backup que tu pediu para cortar do projeto para aumentar o lucro e ganhar o bônus ia fazer tanta diferença. Mas não dá nada. Sei que tu vai ter outra idéia brilhante para resolver esse problema também.

Bom, vou parando por aqui. Como já deve ter imaginado, não vou voltar a trabalhar por aí. Enchi o saco de te avisar dos problemas e não ter nenhuma ação de volta.

Era isso. Espero não te encontrar mais em lugar nenhum. Tu foi o pior chefe da minha - além de teimoso, não sabe nem o que tá falando.

Um abraço!

José
"

Dr. Zambol
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nau dos Condenados

Um a um eles iam sendo chamados à sala do chefe. E um a um saíam cabisbaixos, com um olhar perdido. A sala que abrigava hoje o departamento tinha umas sessenta pessoas divididas em cubos ou baias, dependendo da função e status do sujeito. Até o presente momento, 15hs, mais de vinte pessoas já haviam visitado a sala do chefe. Ao deixar o recinto o ritual era praticamente o mesmo. Recebiam uma caixa para guardar seus pertences e eram escoltados até seu local de trabalho. Uns sentavam por alguns minutos sem saber exatamente o que fazer, outros exibiam lágrimas nos olhos. Os mais fortes levantam a cabeça e seguiam se despedindo dos colegas, desajeitados com a caixa embaixo do braço.

Wagner observava todo o movimento da sua baia, estrategicamente posicionada a poucos metros da mesa do chefe. A essa altura ninguém mais trabalhava. A notícia, divulgada pela rádio peão, era de que todas as demissões seriam feitas ainda no dia de hoje. Wagner olhou novamente o relógio, pouco mais de duas horas, pensou. Já havia sobrevivido até aqui, faltava apenas mais um pouco.

O chefe saiu da sala e foi até o cafezinho. Serviu oito gotas de adoçante na caneca e encheu de café. Mexeu. Provou. Finalmente, levantou o olhar. 
Prá cá não, pra cá não, pra cá não...
Começou a caminhar em direção à baia de Wagner, que ficou imóvel. Lembrou da técnica de sobrevivência com Ursos, de pouca valia em ambientes urbanos. Fingiu de morto. Pelo canto dos  olhos viu o chefe passar em direção ao fundo da sala enquanto um filete de suor lhe caía da testa. Finalmente o chefe falou:
- Roberto? Podemos conversar?

Essa passou raspando. Roberto, por sua vez, seguiu o chefe pelo corredor até a sala, com o olhar de um condenado. Dead Man Walking.

Ser demitido não é fácil. Ser demitido em um cenário de demissão em massa, pior ainda. Nesse caso, por mais que se racionalize, sempre paira a sensação de que não foi uma decisão justa. 
- Por que logo eu? Se seriam demitidas 20 pessoas, por que eu?
Boas empresas mantêm planos de contingência com as ações a serem tomadas em momentos de crise. Normalmente, a última delas é a demissão. Quando a demissão é necessária começa o trabalho do corpo gerencial nas famosas "listas". Estas costumam levar em consideração a criticidade de cada posição, o salário e o desempenho da pessoa que a exerce, não necessariamente nessa ordem. Não é um processo bonito e não existe jeito fácil se executar. Um gestor afirma que não sofre ao fazê-lo, ou está mentindo ou está na função errada. 

Às 16hs e 58min Wagner se dirigiu para a porta. Infelizmente, o único caminho para a liberdade passava em frente da sala do chefe. Enquanto se aproximava para passar o crachá no ponto sentiu a mão no ombro, seguida da voz do chefe.
- Wagner?
Virou quase em pânico, era a crônica de uma morte anunciada.
- Você esqueceu o casaco. Te vejo amanhã.

[]s
Jack DelaVega

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Volta do Líder

Nessa terça-feira, 20 de janeiro de 2009, toma posse o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. Não estou interessado nos detalhes, se ele é o 44o presidente ou o que seja, quantas pessoas estarão assistindo a cerimônia, se ele vai vestir gravata azul clara ou escura, quantos mil dólares serão pagos por ingressos para os melhores lugares. Isso eu deixo para a cobertura já batida das televisões e jornais tradicionais.

Não estou nem aí para esse tipo de notícia.

O que me fascina nesse acontecimento particular tem a ver com o nosso contexto aqui da Tribo. É o cheiro de liderança nova no ar. É a volta, a volta do líder.

Acho que o mundo inteiro, e não só os Estados Unidos, estava precisando de alguém que pudesse desempenhar o papel de líder. Em grande escala. Senão, vejamos quem foram os grandes líderes que tivemos nos últimos anos? Na política, não vejo ninguém que preencha todos os requisitos. Gordon Brown é arrogante, lhe falta empatia. A mesma empatia que falta a Angela Merkel. Sarkozy não dá bons exemplos. Putin tem pecado gravemente pela falta de ética. Bush, bom, nem preciso falar... lhe falta inteligência, para começar. Fora da esfera política, quem são as pessoas que inspiram multidões hoje? Na área do meio-ambiente, quem aponta claramente o caminho a ser seguido? Quem é o grande empreendedor que tem nos inspirado a inovar e a trabalhar por modelos mais sustentáveis? É até sacanagem falar disso em meio a essa crise...

Enfim, tenho certeza de que podemos elencar grandes pensadores, grandes oradores, grandes empresários e políticos, mas quantos deles têm as qualidades necessárias para liderar o mundo nos mais variados segmentos que precisam ser trabalhados no momento? Quem possui os atributos de um verdadeiro líder? Pouquíssimos, eu garanto.

Bom, mas aí aparece esse tal de Barack Obama. Vejam bem, não estou tentando fazer nenhum texto político aqui, muito pelo contrário. Até porque politicamente falando, Obama ainda é uma incógnita, embora a sua escolha de gabinete já dê uma noção do caminho a ser seguido. E os pepinos que lhe esperam depois da festa são coisa para presidente nenhum botar defeito. Mas não consigo deixar de perceber nesse cara algumas coisas diferentes, coisa de líder. A capacidade oratória e a empatia são a primeira coisa que chama a atenção. Quem lê o que ele escreve percebe também uma inteligência aguçada e uma impressão (até se prove o contrário) de moral e ética fora dos padrões aos quais estamos acostumados. Coragem e integridade também ficaram comprovados como atributos durante a campanha presidencial. A capacidade que ele tem de inspirar e mobilizar as pessoas também está estampada e documentada para quem quiser ver e ouvir.

Falta agora o histórico, o passado. Isso só o tempo lhe dará. Mas é muito bom sentir a volta do papel da liderança. O mundo todo (ou quase) deseja sorte a Obama. Que venha o líder.

Reggie, the Engineer.
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Concurso Público ou Empresa Privada?

Sei que, morando no Brasil, você já teve essa dúvida. Ficar na iniciativa privada ou fazer um concurso público e ingressar em uma carreira pública?

Em épocas de crise mundial, essa pergunta certamente volta à tona. Já me deparei algumas vezes pensando nela. E as razões que voltei a pensar nisso são claras. A iniciativa privada depende do ciclo macroeconômico. Se a economia vai bem, as empresas privadas contratam e dão bônus gordos. Se por outro lado vai mal ou tem uma crise à vista, provavelmente forçará demissões, cancelamento de bônus e retração do crescimento. 

Meu pai um dia me disse uma frase emblemática: “se a crise apertar e as empresas começarem a demitir em massa, um emprego público que pague mil reais que seja será considerado fantástico”. Embora ele seja um funcionário público aposentado, que automaticamente o deixa com uma certa dificuldade em entender como as pessoas lidam com a falta de estabilidade fora do setor público, nada tira a razão de sua frase. Está sintática e semanticamente correta...

Nesse sentido, sou a “ovelha negra” da família: o único que não é concursado; o único sem emprego estável. E confesso que às vezes sou contagiado pelo medo da falta de estabilidade. Por outro lado, adoro o que faço e me sinto desafiado no dia-a-dia. E o medo de perder isso me impediu até hoje de voltar para o serviço público, desde que saí em 1997.

Vamos tentar fazer uma análise fria das características do emprego público, colocando os pontos que mais chamam a atenção nele:

  1. Estabilidade. Realmente, depois de três anos de estágio probatório, o servidor é efetivado e passa a ter estabilidade. Só pode ser demitido por justa causa, ou seja, só se for considerado culpado em algum processo administrativo ou sindicâcia. Se você for um bom trabalhador, isso certamente não irá ocorrer. O problema (e o perigo) é que a estabilidade pode gerar estagnação. Como todos sabem, a preguiça é a força motriz do desenvolvimento. De fato, a maioria das invenções visa tornar as coisas mais fáceis para o ser-humano. Se as coisas já são fáceis e seguras, para que se esforçar? Essa é uma armadilha que certamente muitas pessoas caem e depois têm que agüentar trabalhar desmotivadas durante anos. Na empresa privada, a única compensação pela falta de estabilidade é o FGTS, que não é lá essas coisas (8% do salário ao mês), mas é uma poupança que pode vir bem a calhar.
  2. Não Exige Experiência Anterior. Isso pode ser uma vantagem fenomenal para quem está começando agora e quer iniciar sua carreira com um salário alto em um concurso público, mas também pode ser desvantagem para quem já está no mercado há muitos anos. No caso dos últimos, muitas vezes isso significa se preparar para começar uma carreira nova ou muitas vezes ter que dar um ou mais passos para trás para entrar no setor público. Esse, na verdade, é um dos fatores que mais tem me deixado afastado dos concursos públicos.
  3. Praticamente Não Possuem Limite de Idade (65 anos). Essa é certamente uma GRANDE vantagem para quem foi demitido do setor privado com 50 anos de idade, por exemplo. Algumas empresas privadas têm uma tendência de olhar com maus olhos pessoas mais velhas à procura de emprego e o concurso público, nesses casos, pode ser a salvação.
  4. Os Salários são Acima da Média. É claro que aqui estamos falando geralmente de salários também de início de careira no setor privado, embora existam muitos concursos públicos que pagam muito mais do que algumas profissões mesmo em fim de carreira. Na média geral, o emprego público dá de lavada. O salário médio do servidor público é de R$ 1.298 contra apenas R$ 771 no setor privado (fonte UOL). Mas tudo depende da sua posição e salário atuais e qual a perspectiva de crescimento que você percebe do mercado profissional em sua área. Mesmo aquelas carreiras que historicamente recebem pouco na iniciativa privada (como fonoaudiólogo e fisioterapeuta, por exemplo), sempre terão um lugar para pessoas excelentes, aquelas que fazem o que gostam e se esforçam para tal. Elas sempre terão a chance de ganhar um salário de Romário. O grande problema, nesse caso, é que existem muito poucos Romários no mundo...
  5. Aposentadoria Superior. Quem atende aos requisitos impostos pelas emendas constitucionais aprovadas em 1998 e 2003, aposenta-se com salário integral como servidor público. Isso é realmente muito melhor do que a aposentadoria do INSS, que geralmente exige um reforço particular em algum plano de previdência. Muitas empresas privadas, entretanto, dão uma ajuda no plano de aposentadoria privado, o que pode deixar as coisas elas por elas.
Enfim, é uma escolha muito pessoal qual caminho escolher. Há muitos fatores a considerar, muitas vezes incluindo a mudança de cidade ou de estado. Entretanto, a crise econômica certamente deixou os concursos mais atrativos. O setor público é responsável por nada menos que 11% da força de trabalho total brasileira.

Do meu lado, vou continuar pensando. Motivado do jeito que estou agora, ou o medo da crise aumenta ou vou ter que achar um concurso muito bom. Por enquanto, vou continuar sendo a “ovelha negra” da familia.

Dr. Zambol
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Novidades de 2009

Pessoal:
Voltamos com tudo em 2009 e gostaríamos de compartilhar algumas das novidades com vocês. Com o novo visual do site (espero que tenham notado) a idéia era tornar o blog mais clean, além de aumentar o espaço para adicionarmos mais informações. Dentre as coisas novas, vale a pena comentar:
- Adicionamos uma lista de anúncios de empregos. É um rss com as vagas mais quentes no Brasil. Quem sabe você não troca de emprego enquanto se diverte com os nossos textos?

- Falando em diversão, lá embaixo, no rodapé está o Widget com as tirinhas do Dilbert. Fazia tempo que a gente queria colocar as tiras dele por aqui, faltava apenas espaço. Pena que não existe uma versão em português, mas como nosso público é poliglota não vai ser problema.

- Já que você está no rodapé, aproveita para colocar seu nome na lista daqueles que acompanham o site. Não vai levar mais do que 2 minutos e só precisa de uma conta no Google. A Tribo agradece, pois assim a gente pode conhecer melhor os nossos leitores.

- Finalmente, tem o Twitter da Tribo. Com isso entramos na era do MicroBlogging. O objetivo é usar essa ferramenta para divulgar dicas rápidas de livros, filmes, sites e coisas do nosso interesse. Além de compartilhar com os leitores idéias de posts e um pouco do nosso dia-a-dia.

Bom, esse é só o começo de um ano de muitas novidades da Tribo do Mouse.

Um grande Abraço e continuem com a gente
Jack, Reggie e Zambol

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Problema do Omelete

Michael Arrington subiu ao palco da Le Web Conference em meio a uma salva de palmas. Para quem não conhece, Arrington é um dos bloggers de Tecnologia mais influentes dos Estados Unidos e, provavelmente, do mundo. Seu Blog, o TechCrunch, que cobre primariamente startups e empresas de Web 2.0 conta com milhares de assinantes. Além disso, ele é um dos bloggers favoritos aqui da Tribo do Mouse, principalmente porque não tem papas na língua e possui uma visão acurada sobre empreendedorismo e tecnologia.

Talvez por conta dessa "honestidade explícita" a acolhida de Arrington na Le Web não tenha sido muito positiva. A conferência, que acontece desde 2005, é um evento que concentra na Europa grandes nomes de tecnologia. O público é composto em sua maioria por empreendedores, que estavam ávidos pelas palavras de Arrington. Porém, a medida que avançava na sua explanação os rostos na platéia exibiam um misto de desaprovação e indiferença. 

Por que a palestra de Michael Arrington desagradou tanto a platéia da Le Web Conference?

Basicamente, ele colocou o dedo na ferida da cultura Européia, especialmente a francesa. Falou que almoços de duas horas regados à taças de vinho não combinam em nada com a velocidade exigida pelas startups de tecnologia. Razão pela qual considera que todas as grandes empresas de Internet são baseadas nos Estados Unidos. E mesmo aquelas que conseguiram sucesso acabaram inevitavelmente compradas por empresas americanas, citando como exemplos Skype e MySQL. Segundo Arrington, a idéia de que alguém possa ter sucesso com uma startup e, ao mesmo tempo,  possa curtir os prazeres da vida, mantendo o equilíbrio entre trabalho e lazer, é totalmente equivocada. Sua mensagem foi contundente:
- Muitas pessoas escolhem o caminho do empreendedorismo sem perceber que é necessário dar tudo de si e mais um pouco para vencer nesse jogo. E se você não está nessa para ser um vencedor é melhor pegar um emprego em uma companhia qualquer e gozar de quatro semanas de férias por ano.

E foi adiante: 

- Duas horas de almoço é algo fantástico, mas quando você tem que responder aos seus funcionários e investidores esse tempo faz falta para coisas mais importantes.

Após a palestra, um dos organizadores do evento, o empreendedor e blogger Loic Le Meur, fez uma enquete em seu blog perguntando se Arrington deveria ser convidado novamente para a Conferência. A resposta foi clara, 66% deles disseram que não queriam mais Michael Arrington como palestrante. Entendo um pouco a reação da platéia da Le Web Conference, que gostaria de ouvir uma história de sucesso alinhada com suas crenças culturais. Mas as palavras de Arrington não poderiam estar mais corretas. Esse é o problema dos omeletes, sempre é preciso quebrar alguns ovos.

[]s
Jack DelaVega

Leia Mais:

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Chega de Férias!

A gente bate bastante na tecla de fazer o que gosta, mas confesso que às vezes até mesmo eu tenho dúvidas se gosto do que faço e faço o que gosto. Não são dúvidas profundas, mas sabe como é, as frustrações do dia-a-dia do trabalho estão aí para nos atrapalhar nesse sentido. Às vezes não gostamos de uma pessoa no escritório. Às vezes não gostamos do ambiente barulhento, ou do carpete mal-cheiroso, ou da iluminação artificial. E isso nos confunde. Podemos achar que não gostamos do que fazemos.

Mas tente olhar para trás e pensar nos momentos que você se sentiu realizado no trabalho (deve existir pelo menos um momento!). Tente se lembrar de porque você se sentiu bem. Foi porque você conquistou algo bacana? Foi porque trabalhava com pessoas legais? Foi porque ganhava bem? Ou foi porque estava fazendo o que gosta? Se foi porque você estava fazendo o que gosta, era algo que você ainda tem condições de exercer em sua atividade atual? Sim, porque não adianta perceber que você estava jogando tênis na tal situação, embora você seja um pizzaiolo.

Essa para mim é a melhor maneira de avaliar essa questão, porque o passado não mente, é fato. E me sinto melhor quando olho para trás e vejo que nos momentos em que estive mais satisfeito profissionalmente falando, eu estava fazendo o que eu gostava - e isso bate certamente com a minha linha de carreira.

Um bom exemplo eu tive agora, na volta das férias. Férias é sempre bom, são poucos os que não gostam - eu conheço só um. Mas e voltar de férias? É bom para você? Voltei de férias agora na semana passada e estava em um momento complicadíssimo na empresa. E quer saber? Foi uma das melhores 'voltas de férias' que eu já tive. Nada melhor para começar o ano. Por quê? Porque eu estava fazendo o que gosto e gostando do que faço.

Então também desejo para você: que as suas férias acabem o mais rápido possível! Se é que você me entende.

Reggie, the Engineer.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Networking - Re-edição

Eu sei, muita gente odeia esse tema. Até porque ele raramente é tratado com a seriedade que merece. Mas em tempos de crise econômica mundial, demissões e concorrência acirrada, nada melhor do que voltar ao caderninho de contatos e cuidar dele com mais carinho.

Eu mesmo tenho que admitir que deveria cuidar melhor das minhas redes de contato. Mas admito que é difícil, e em um mundo onde cada vez temos mais coisas para fazer, essa é uma das coisas que normalmente relegamos a um segundo plano. Mas não adianta, mesmo que você não goste do tradicional "schmoozing", pare um segundo para pensar nas movimentações de carreira que você já fez, nos objetivos pessoais que alcançou - sempre estará lá a figura do "contato", aquela pessoa que lhe ajudou, em maior ou menor grau, a chegar lá. Como os especialistas dizem, "o que você sabe é quem você conhece" ("what you know is who you know").

Então vamos falar sério sobre o assunto. Existem basicamente 3 tipos de redes de contatos que você deveria manter no sentido de beneficiar a sua vida ou carreira. A primeira delas é a sua chamada rede de contatos operacional. Manter essa rede de contatos significa cultivar relacionamentos com pessoas das quais você precisa para fazer o seu trabalho. Envolve obviamente os seus colegas imediatos e subordinados, mas também a menina do RH, o cara do financeiro, aquele seu cliente, seus fornecedores, etc. Essa rede de contato é a mais fácil de ser mantida porque faz parte do seu dia-a-dia (eu diria que qualquer um com o mínimo de sucesso em sua vida profissional é capaz de cultivar bons relacionamentos desse tipo). Então faça a sua lista (ela será bastante extensa) e tenha certeza de tratá-la com bastante carinho.

A segunda seria a sua rede de contatos pessoais. E aqui a maioria dos profissionais já começa a falhar. Essa rede inclui pessoas do seu círculo social, gente que provavelmente compartilha do mesmo nível intelectual que você, e que você conhece por algum motivo que não necessariamente profissional. São seus ex-colegas de curso, seus parceiros do clube de tênis, o pessoal da academia, etc. Ah, você não faz academia? Tudo bem. Você não joga tênis? Futebol de repente? Natação? Bom, deve haver algum tipo de evento social que ocupa pelo menos algumas horas da sua semana, certo? Não? Aí é que está o problema. Muita gente acomoda-se com o "pessoal do trabalho" e deixa de cultivar contatos fora dessa rede. O problema? Bom, o problema é exatamente quando você quer deixar o seu emprego por outro (ou quando querem fazer isso por você ;) ). A rede de contatos pessoal normalmente está ligada às mudanças de carreira que você executou ou quer executar. Pense se não é assim. Ela é quem vai nos permitir enxergar fora dos limites do nosso emprego atual, ampliando nossos horizontes e abrindo portas que não enxergaríamos de outra forma.

A terceira seria a sua rede de contatos estratégicos. Essa é a rede mais difícil de cultivar, mas é a mais importante a longo prazo. Se pensarmos que em determinado momento de nossas carreiras estaremos cercados de gente com o mesmo nível de inteligência e o mesmo histórico de sucesso (tomara!), o que então fará a diferença? O que pode fazer a diferença é aquele seu conhecido que é vice-presidente de uma empresa na sua área de atuação e pode lhe dar um conselho no momento decisivo, ou aquele consultor sênior de RH que você ajudou a se enturmar com seu grupo no clube de tênis. São pessoas que vão podem lhe ajudar estrategicamente frente a uma encruzilhada no futuro. São contatos difíceis de manter, pois normalmente você irá buscá-los com algum interesse em mente (claro, a não ser que tenha sorte!) e deverá estar sempre pronto a trocar favores. É aqui que networking recebe a sua reputação ruim, pois é evidente que ninguém a priore gosta de encontrar pessoas tendo um interesse por trás. Mas trata-se de uma habilidade que deve ser desenvolvida, afinal conforme você sobe na carreira, o seu papel passa a ser cada vez menos o de quem executa alguma tarefa, mas sim o de quem mobiliza pessoas no sentido de executarem tarefas.

As coisas andam difíceis (economicamente falando) para todo mundo, nunca se sabe como será o amanhã. Então reserve um tempo essa semana, faça as suas 3 listas, tire a chuteira do armário e vá encontrar aqueles seus amigos para um chopp. Eles estarão sempre lá para lhe auxiliar com seu próximo passo profissional.

Reggie, the Engineer.
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