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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Férias Coletivas

Pessoal:

Estamos em férias coletivas. A Tribo volta com a rotina de posts em 10 de Janeiro.

Um feliz ano novo a todos!
Jack, Reggie e Zambol

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Triste Fim de Eduardo Quaresma

A vida de Eduardo ia de mal a pior. Estava prestes a perder seu emprego. Seu chefe tinha sido bem claro com ele. Mais um deslize e ele estava fora. Deslize esse que tinha acabado de cometer. Tentando rodar um comando no ambiente de teste, tinha por engano executado em produção, apagando todo o histórico de notas fiscais da empresa.

Quando se deu conta disso, deixou a sala correndo e subiu no alto do prédio que sediava a empresa. Eram 32 andares. O vento soprava forte. Estava agora no pára-peito, olhando para baixo, pensando porque sua vida andava tão sem emoção, tão inútil.

Sua esposa tinha lhe deixado há um ano e meio. Ela e seus dois filhos eram apenas uma lembrança distante agora. O motivo da separação foi estresse, parte gerado pelo emprego e parte pela própria forma como estava conduzindo sua vida - sem dar importãncia para nada, sem fazer diferença em lugar algum. De tão envergonhado, nunca mais visitou nem seus filhos. Sentia-se muito culpado por isso.

Olhou para baixo e viu que o caminho era longo. Será que iria desmaiar antes de se espatifar no chão? Será que ia doer? Será que diversas pessoas iriam se aglomerar em volta do seu corpo, curiosos tentando adivinhar o que teria acontecido? Não sabia, mas sabia que queria acabar com aquele sofrimento.

Na empresa, o alvoroço era grande. Os sistemas, devido a falta de informação das notas fiscais ativas, estava completamente trancado. Toda a operação da empresa - uma grande rede de produtos de construção - estava parada. Aquele prédio sediava a operação de Informática da empresa. As 27 filiais da empresa estavam todas inoperantes. O chefe do Eduardo, o seu Assis, estava gritando pelos corredores tentando entender o que havia acontecido.

Eduardo por sua vez começou a chorar. Não sabia o que fazer. Tinha errado boa parte de sua vida. Talvez ao menos quando morresse encontrasse paz nos braços divinos. Talvez encontrasse conforto. O pensamento ao menos lhe trazia um pouco de calma.

Na empresa, já havia se descoberto que o comando havia sido executado por Eduardo - e seu Assis estava à sua procura.

- Cadé aquele filho da puta?

O celular de Eduardo toca. Ele olha para o número no visor do telefone, É seu chefe. Não atende. Não saberia o que falar.

Ele está decidido. Será essa a sua salvação. Inclina-se e, com um impulso forte de sua perna esquerda, atira-se no vazio. Começa a cair. A vertigem é muito forte, uma certa dor de estômago, um medo incontrolável. A queda não é tão emocionante como Eduardo tinha imaginado. Na verdade, estava ainda muito longe do chão e sentia-se enauseado.

Na empresa, as coisas já começavam a voltar ao normal. O DBA havia recém informado que o backup do dia anterior estava sendo restaurado e que as perdas não seriam tão grandes. Mesmo assim, Assis estava irriquieto. pois não encontrava Eduardo e todas o processamento daquele dia tinha sido perdido. Queria tirar satisfações cara-a-cara com aquele verme.

Enquanto caía, Eduardo não conseguia pensar em nada. Aquele romantismo todo que a vida passa como um filme na hora que o sujeito está prestes a morrer não acontecia comele. Só sentia uma forte dor no estômago. Já perto do chão, há uma velocidade extremamente elevada, estava começando a se arrepender do que havia feito. Mas era tarde demais.

PUM

Escuro. Vazio. Nenhum anjo veio buscar Eduardo. Ninguém do inferno também mandou notícias. Não iria renascer em outro corpo ou como um animal. Também não seria um espírito andando pelas ruas da cidade. Nada. Silêncio. A vida havia acabado. Não havia nada após a morte para Eduardo.

Da janela de Assis, ouve-se gritos vindos da calçada. Pela janela observa algo imóvel no chão e pessoas apontando para lá. Olhando melhor, percebe que é um corpo, com uma marca vermelha em volta - parece que é o sangue do sujeito se esvaindo do seu corpo.

- Matilde, acho que alguém se atirou do nosso prédio, vem aqui ver!

Matilde, secretária executiva de Assis, olha pela janela e observa já uma pequena multidão em volta de um corpo.

- Nossa, que horror doutor!
- Bem que podia ser o Eduardo, aquele desgraçado!
- Ai que horror Assis! Naõ fale assim
- Eu sei, eu sei. Pior que provavelmente não é ele mesmo...

Lá embaixo, uma senhora percebe um celular que se encontra há alguns centímetros do corpo vibrar. Por incrível que pareça não havia se quebrado com a queda.

- Olha, está vibrando! Talvez seja a sua esposa. Precisamos avisá-la!

Um senhor pega o celular e o abre. É um SMS. Na mensagem, grifada em letras maiúsculas está escrito.

VOCÊ ESTÁ DEMITIDO. NÃO PRECISA VOLTAR SEU FILHO DA PUTA

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Faça algo de bom com sua vida. Não seja dispensável como Eduardo. Não acabe espatifado no chão, sem chance de viver o resto de sua vida. Faça a diferença nem que seja para uma pessoa, ou sua vida acabará em vão, ninguém ligando a mínima para você.

Comece hoje. Comece agora mesmo no local onde você trabalha.

Dr. Zambol
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Corações Endurecidos

Henrique desceu do carro apressado na frente do escritório, mas na correria esqueceu de olhar para a rua antes sair. O mendigo estava prestes a lhe abordar:
- Senhor, senhor...
- Não tenho nada.
- Não, mas o sr.
- Já disse que não tenho nada!
Que falta de respeito, a gente não tem mais paz nessa cidade.
- Não é esmola, são as crianças.
- Que crianças que nada vagabundo! Vai trabalhar rapaz! Já disse que não tenho nada!
- É que as crianças... O cinto está solto...
Henrique olhou novamente para a SUV último ano que a esposa dirigia prestes a sair. No banco de trás as crianças brincavam freneticamente. E, de fato, estavam sem o cinto de segurança. Bateu no vidro e avisou a mulher. Só então voltou o olhar para o mendigo. Desde quando deixou de olhar para aquelas pessoas, deixou de ouví-las? Desde quando fechou o coração para a tristeza do mundo?

Tenho a minha vida, dinheiro, poder. Conquistei isso! Eu mereço! Afinal, comecei praticamente do nada olhe onde estou agora. Mas a mesma voz que bradava forte esses refrões, assoviava timidamente vez por outra:
- Mas você nunca passou fome, não ficou sem um lugar para dormir. Teve acesso à educação, mesmo à escola pública. Teve suporte da família.

Os olhos do mendigo diziam muita coisa, mas, principalmente falavam das suas privações. Seguramente aquele sujeito não havia tido as mesmas oportunidades que Henrique, mas o executivo não tinha coragem de encará-lo. Mesmo despido de todas as coisas que definem a nossa humanidade, comida, abrigo, carinho, o mendigo ainda tinha consideração pelos filhos de um burguesinho engravatado que não se dava ao trabalho de o olhar nos olhos.

Tinha que fazer alguma coisa. Chegou em casa e teve uma conversa séria com a esposa. Meses depois surgia uma pequena fundação, uma semente, cujo objetivo seria mudar a vida de pelo menos uma pessoa por ano.

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Em tempo, dia desses assisti o filme "The Blind Side", que tem o título "Um sonho Possível" em português. O filme conta a história real do jogador de futebol americano Michael Oher, um estudante pobre com todas as chances de se tornar um marginal, mas que acaba se tornando um astro do futebol americano, por conta de uma família rica que o "adotou". Ele reforça a sensação de que milagres são possíveis e que muitas vezes dependem apenas da vontade de cada um de nós.

[]s
Jack DelaVega

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Como Acompanhar a LeWeb'2010 Ao Vivo




Em 2010 a LeWeb poderá ser acompanhada ao vivo. Durante o evento (dias 8 e 9 de Dezembro), os plenários poderão ser acompanhados via streaming nos links abaixo.

Palco principal: http://www.ustream.tv/leweb
Competição de Startups e Palco II: http://www.ustream.tv/lewebplenary2

Você também poderá votar em sua Startup favorita no link abaixo.

Ustream & Buddy Media Audience Award

Ah, e não esqueça de acompanhar a cobertura que faremos no Twitter (abaixo) e em posts aqui na Tribo nos próximos dias.

@tribodomouse
@reginatto

Reggie, the Engineer (João Reginatto).
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Quando Tamanho Não é Documento

Quando se fala de ambições e planos de carreira, muitas escolhas geram debates acalorados. Trabalhar para o serviço público ou para a iniciativa privada? Trabalhar para uma empresa regional, nacional ou estrangeira? Trabalhar em uma empresa grande ou pequena?

Acho que eu já cobri brevemente esse último aspecto (empresa grande ou pequena) do ponto de vista de empreendedorismo em outro post. Ou seja, um empreendedor deve aspirar criar uma empresa do tamanho do Google ou pode se satisfazer com um negócio de 1 milhão de reais? Quanto é “grande o suficiente” e quanto é “muito grande” para uma empresa? Até onde se pode crescer sem que agilidade, cultura e foco sejam afetados negativamente?

Pois o Google, a menina dos olhos da Internet, pode ser novamente um exemplo a ser estudado. Só que talvez dessa vez o exemplo dado seja “o quê não fazer”. Você, como empregado ou empreendedor, é quem decide.

A motivação para escrever esse post surgiu nos últimos dias, após a notícia de que uma suposta oferta de compra por parte do Google no valor de US$ 6 bilhões teria sido rejeitada pelo Groupon. Para quem gosta de olhar um pouco além dos fatos (e assumindo que essas notícias sejam verídicas), trata-se de mais um passo em falso do Google. A realidade percebida dá indícios de uma empresa que começa a sofrer com o gigantismo, com o peso do seu sucesso.

O Google já não inova mais como no passado. As suas iniciativas na área social (Buzz) e de messaging (Wave) fracassaram enormemente. O Facebook desbancou o Google como porta de entrada para a Web – e comprou uma briga na questão de intercâmbio de informações que vai custar caro (além disso, hoje você já pode fazer busca na Web de dentro do Facebook e o motor utilizado é o Bing). Agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa estão de olho no seu monopólio na área de busca. E agora parece que nem mesmo a estratégia de inovar e buscar novos mercados via aquisições funciona como antes.

Será que tem a ver com o quão grande o Google se tornou?

Alguns indícios mostram que sim.

Existem depoimentos de ex-engenheiros do Google afirmando que os famosos 20% de tempo dedicados a projetos especiais podem ser uma faca de dois gumes em alguns casos. Quando do desenvolvimento do Google Wave, muitos engenheiros mostravam interesse em usar seus 20% de tempo para ajudar aquele projeto. Claro, qual engenheiro quer dedicar a sua fatia de 20% para algo que não tem a atenção dos executivos? A consequência é que projetos com destaque acabam recebendo uma enxurrada de recursos (verba e pessoas), o que não necessariamente contribui para o sucesso do projeto. Quem conhece o famoso “The Mytical Man-Month” sabe que para cada pessoa que se adiciona a um projeto existe um overhead significativo em termos de comunicação – perde-se agilidade em muitos casos. Se compararmos esse contexto ao de uma empresa pequena – ou uma Startup – percebe-se que em média equipes de projeto em empresas grandes tendem a ter muito mais pessoas do que o minimamente necessário, e isso em geral contribui negativamente em termos de agilidade e capacidade de inovação. Larry Ellison é famoso por sua atitude frente a equipes com baixa produtividade na Oracle: ele frequentemente aproxima-se desses times a cada 1 ou duas semanas e invariavelmente remove pessoas do projeto para alcançar melhores resultados.

Outro problema com grandes empresas, e possivelmente com o Google, é a “seriedade” associada a esse tipo de empresa. Diferentemente de Startups, empresas como o Google não podem se dar ao luxo de lançar produtos "inacabados" no mercado. Além disso, empresas grandes têm padrões, normas a serem seguidas – se você trabalha com tecnologia em uma grande empresa sabe o quanto é difícil introduzir práticas como desenvolvimento de software ágil, ou tecnologias recentes como Rails e MySQL. Empresas pequenas tendem a ser mais práticas quanto a esse tipo de debate, e essa abordagem normalmente implica em maior agilidade e capacidade de inovação.

Portanto, se você trabalha na área de TI e está planejando sua carreira – ou se é um empreendedor almejando crescimento significativo nos próximos anos, tenha esse aspecto com relação ao porte de uma empresa em mente.

Tamanho (como bem eu sei) nem sempre é documento.

Reggie, the Engineer (João Reginatto).
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Shu, Ha, Ri

- Dois expressos. Você quer alguma coisa para comer? O cheesecake daqui é uma delícia.
- Não obrigado, só o café mesmo.
Percebi pelo semblante que algo o preocupava.
- E então, como vão as coisas na empresa?
- Mais ou menos, estou um pouco frustrado.
- O que está incomodando você?
- Eu adoro trabalhar lá, já falamos sobre isso. Mas o fato é que às vezes tenho a sensação de que poderíamos ir mais longe, entregar mais, com mais qualidade.
- E...
- E então eu esbarro em pessoas que ficam nos segurando. Burocratas, gente que faz o seu trabalho da mesma maneira por anos a fio, sem mesmo entender o que estão fazendo. 
- Hmm, entendi. Você já ouviu falar de Shu, Ha e Ri?
- Não, do que se trata?
- Essa é a maneira que as artes marciais, Aikido, por exemplo, classificam os níveis de proficiência de um praticante. Em uma tradução livre as palavras querem dizer: Aprender, Desconectar, Transcender. Quando um aluno está em Shu o que ele faz é basicamente imitar os movimentos do instrutor, na maioria das vezes sem entender exatamente o que está fazendo. Em Ha, o segundo estágio, o aprendiz reflete sobre o sentido do movimento que está sendo executado. Nessa fase a técnica é realmente absorvida em sua essência. Ri significa ir além, transcender. Nesse estágio o aluno deixa de ser aprendiz e torna-se um praticante, alguém capaz de criar com base no seu conhecimento e aplicar a arte a novos contextos.
- Acho que entendi, mas o que isso tem a ver com os meus problemas?
- Tudo. Problemas iguais aos seus acontecem todos os dias, nas mais diferentes empresas. Pense em um desses funcionários que você descreveu, um "burrocrata" que atrapalha a vida de todos, cobrando coisas que não fazem sentido. São pessoas que não conseguiram sair estágio de Shu, gente que executa o trabalho sem entender, às vezes, o sentido do que está fazendo. 
- Hmm, entendi.
- Percebe? A pessoa começa a entregar real valor para a empresa quando já está no Ha.
- E o Ri?
- Esses deveriam ser os líderes da organização. Pessoas que conhecem a sua prática tão a fundo que são capazes de levá-la ao próximo nível.
- Mas isso tudo não tem a ver com senioridade profissional?
- Sim e não. Já vi profissionais Sênior que ainda estão em Shu e gente jovem que está bem mais avançada. Na verdade, o que falta mesmo é coaching. Você entende que seu papel como líder é levar sua equipe do Shu, para o Ha, e até ao Ri? Sua responsabilidade é fazer com que eles se tornem profissionais autônomos, capazes de entender o que realmente importa no trabalho. E mais adiante sejam capazes de liderar as mudanças na organização.
- Não havia me dado conta disso, pelo menos não dessa maneira.
- Afinal, você não quer ser mais um formador de burocratas não é?
Ele concordou com a cabeça, tomando mais um gole do cafezinho. 
- Uma delícia esse cheesecake, você devia experimentar.

[]s
Jack DelaVega

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Mais da série Bate-Papo sobre Liderança:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Foi o 28 de Novembro

Hoje eu queria ser um blogueiro normal - não um blogueiro que fala exclusivamente sobre liderança, gerência e fatos do dia-a-dia no ambiente corporativo. Hoje, queria exercer meu direito de imprensa independente, de brasileiro, de cidadão.

Gostaria hoje de exaltar o dia 28 de novembro de 2010 - o dia que o Morro do Alemão foi tomado pela coalizão de segurança formada pela brigada militar, marinha e exército brasileiros. É um dia para entrar para história. Talvez daqui a dez anos olhemos para trás, enquanto caminhamos tranqüilamente num parque em plena madrugada, e saibamos que só podemos fazer isso (andar de madrugada) devido ao dia 28 de novembro de 2010.

É o dia de dizer basta a vinte anos de direitos-humanos distorcidos, que exalta o assassino, que não podia ser nem tocado, mesmo que a vítima estivesse enterrada viva, e que condena um policial porque atirou em um sem-terra "só" porque ele vinha com um facão na direção dele, com o objetivo certamente de matá-lo.

É o dia de dizer basta a vinte anos de política populista burra. Se o cidadão não tivesse filho, ainda conseguiria entender que ele só estava sendo oportunista, mas um político que coloca um filho no mundo e fomenta a criminalidade, além de mal caráter e um assassino indireto, é um completo idiota, pois está fazendo mal aos seus filhos, netos e bisnetos. A esquerda imbecil, que faz oposição pela oposição, aquela oposição que só vai contra porque acha que pode ganhar votos - independente de estar certo ou errado - criou com o passar dos anos um clima de insegurança e impunidade dignos de filmes da idade média, em que um cidadão pode matar quantas pessoas quiser em seu território - como hoje ainda ocorre em muitas favelas do Rio de Janeiro.

É o dia das pessoas entenderem que um voto deve ser dado pensando no todo. Não é desculpa votar na pessoa porque você é funcionário público e acredita que, mesmo a pessoa sendo muito pior que o outro candidato, deve ela ser a vencedora senão seu salário tem chances maiores de ser congelado. O voto é algo muito maior. O voto define o futuro do país. Quem você escolheria para ser babá de seu filho de 6 meses se você tivesse que fazer uma viagem longa? Se você escolheu um ex-terrorista, aí sim, vote com a consciência tranqüila que está votando baseado em suas convicções.

É o dia de exaltar o BOPE - o Batalhão de Operações Policiais Especiais - que é hoje o símbolo de uma polícia que funciona no Brasil, onde corruptos não são tolerados dentro da organização e onde a força e o treinamento são usados objetivamente. Essa mesma polícia, principalmente a polícia civil, andava desacreditada no Brasil, pela força midiática dos mesmos esquerdinhas de merda que tocaram fogo em tudo o que poderia conter o crescimento político e o enriquecimento ilícito. A polícia, criada exatamente para combater esse tipo de pessoa, foi uma escolha óbvia para esses políticos que criaram diversas artimanhas para desestruturar a ordem no Brasil. Há corruptos na polícia? Certamente há, mas há em todas as profissões: médico, engenheiro, porteiro, gerente e, como bem se sabe, político. Se quisessem o bem do Brasil, não teriam tornado a polícia fonte de chacota, sucateada com orçamentos irrisórios, mas sim prendido os corruptos e dado o ferramental para o aparelhamento e o combate a esse tipo de corrupção ativa.

É o dia de olhar para a rua de dentro da sua sala, que provavelmente tem as janelas gradeadas e, quem sabe, pertence a uma casa localizada dentro de um condomínio que possui cerca elétrica e arame de concertina (aquele mesmo usado em campos de concentração), e pensar que talvez um dia você consiga estar ali, a 100 metros de onde está agora, sem sentir medo de ser roubado e assassinado. É o dia de começar a inversão dos valores atuais, que deixa os criminosos na rua enquanto, mesmo pagando impostos absurdamente altos, tenhamos que nos prender dentro de casa e pagar pela nossa própria segurança.

É o dia do início da esperança, que se Deus quiser não morrerá nos interesses de políticos corruptos que já estão procurando motivos para acabar com o grande levante popular causado pela invasão ao Morro do Alemão, que deixou no ar esse gostinho de "finalmente", que fez ressurgir um certo sentimento de nacionalismo, de jactância de nosso país, de ufanismo, que tanto incomoda quem quer enriquecer ilegalmente, quem só pensa em seu próprio umbigo.

É dia de pendurar uma bandeira do Brasil na sua casa.
É dia de desabafo.
É dia de blogueiro esquecer o foco do seu blog e exaltar a possível nova ordem do Brasil.
É dia de ser brasileiro.
É dia de ser feliz.

Dr. Zambol
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Gerente, Descanse em Paz

Eu não sou da geração Y, sou um pouco mais velho. É justamente esse pouco que me coloca no gap entre o X e o Y. Apesar disso, venho trabalhando com equipes Y há bastante tempo e acredito que parte do meu estilo profissional foi moldado pela relação com esses profissionais. Exatamente por esse motivo, uma pergunta que sempre me preocupou é a seguinte:
Como gerenciar profissionais que são, em grande maioria, mais inteligentes que você? Que tem mais facilidade de buscar informação? Pessoas com um futuro brilhante, que seriam estrela em qualquer profissão que escolhessem.

Demorei um pouco a chegar a uma resposta simples: Não é possível "gerenciar" esses profissionais, pelo menos se levarmos em conta o sentido tradicional da palavra. Explico: Tomemos a equação Resultado = Informação x Capacidade de Processamento. Onde Resultado diz respeito a efetividade profissional de um determinado indivíduo. Informação é o conhecimento necessário para a realização do trabalho e Capacidade de Processamento o ferramental intelectual, fundamental para resolução de problemas.

No passado, quando a informação era um ativo raro, seus detentores também concentravam o poder. Profissionais com acesso a informação dispunham de posição privilegiada e normalmente atingiam resultados superiores com maior facilidade. Mas isso acontecia nos remotos anos noventa, coincidentemente nessa época Gerentes eram as criaturas que reinavam soberanos nas empresas. Mas então, da mesma forma que um meteoro alterou o ecossistema terrestre, causando a extinção dos dinossauros, a era da informação chegou, chacoalhando tudo ao redor. Com o acesso a informação democratizado o velho gerente virou uma figura anacrônica. Veja bem, não estou de forma alguma menosprezando a experiência. Mas o que é a experiência senão um acúmulo de informação e o aumento de capacidade de processamento? Profissionais experientes entregam maiores resultados por que conhecem os "atalhos".

É importante então decretarmos de uma vez por todas o fim dos Gerentes, em especial aqueles que baseiam suas posições apenas em hierarquia, simplesmente por terem perdido a utilidade para as organizações atuais. Essa é a má notícia, especialmente se você é um deles. A boa é que com o gerente morto e enterrado, com o defunto fora do caminho, abre-se uma tremenda oportunidade para os verdadeiros líderes dentro das organizações. Falo daquelas pessoas que se destacam por suas atitudes e idéias, não por sua posição dentro do organograma corporativo.

Pense nisso quando estiver planejando sua carreira, mais do que nunca a liderança se tornou competência obrigatória para o profissional de hoje em dia. E o melhor, não é preciso cargo no crachá para começar a exercer essa liderança agora mesmo.

[]s
Jack DelaVega