segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando a ambição atropela a aprendizagem

Com nossa necessidade constante de autoafirmação, nos acostumamos a levantar certas bandeiras e por elas lutar até o fim. Competimos para vencer, questionamos para transformar, lutamos porque...porque gostamos de lutar. Mas quando só se enxerga o destino, a trajetória parece insignificante e os meios para chegar até lá passam a não ter mais critérios. Nesta hora, ambição e ética entram em conflito e os princípios os quais você realmente luta, começam a aparecer.

A ambição é uma faca de dois gumes e precisamos saber direcioná-la para que se torne um combustível e não um veneno. Falar de ambição sem falar de ética é como começar a montar a composição deste veneno e estar a um passo de viver sob a lei da selva, lutando diariamente pela sobrevivência e não pela evolução da espécie.

Cada etapa de nossa jornada profissional virá acompanhada de obstáculos e aprendizagens. Tentar encurtar o caminho ou pular alguma dessas etapas, possivelmente nos livrará de certas dores de cabeça, mas também deixaremos de aprender. E acredite, uma hora esta informação faltante baterá à nossa porta pedindo satisfações. Por isso, é preciso aproveitar a jornada e deixar que as oportunidades apareçam quando estivermos prontos.

Quem disse que precisamos enxergar toda escada? Subamos o primeiro degrau com fé e ao topo saberemos que, se fosse possível, viveríamos tudo novamente.

Beatriz Carvalho