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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Review do Livro: O Mundo é Plano

Pessoal:

Publicamos hoje no Tribo Recomenda o review do livro O Mundo é Plano, uma excelente análise da globalização na virada do século XXI. Leitura obrigatória para quem se interessa por tecnologia e pelo impacto que ela pode causar em nosso dia-a-dia.

Reggie, the Engineer.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O Novo Mundo sem Censura



A Internet tem uma característica incrível: ela é a voz do povo - ao menos do povo que a utiliza. Isso pode e vai contra o que muitas pessoas pensam: que deve haver uma censura prévia em tudo o que é visto e lido. Ora, é só acessar alguns sites, fazer algumas pesquisas na Internet, para ver que a censura hoje mudou muito - e tem ainda um longo caminho a percorrer.

O Paquistão acaba de bloquear o YouTube. Ele alega que o site tem vídeos “questionáveis” (leia-se: falam mal do Islã). Ele diz que se o YouTube tirar o conteúdo do site, eles podem voltar a apresentar o site naquele país – caso contrário não. Ridículo.

O Brasil já fez das suas. Tirou o YouTube inteiro do ar porque continha vídeos da Daniela Cicarelli. Mais um vez, ridículo. Mesmo que o pessoal do YouTube quisesse tirar os vídeos da Cicarelli, ele estava tão popular que eram incluídos novos a cada minuto. O que mais me chamou atenção é que, mesmo quando foi tirado do ar, ainda podia-se acessá-lo através de sites de proxy. Uma prova de que a censura da Internet é muito difícil de ser feita.

Sempre fui contra praticamente qualquer tipo de censura. Quanto às drogas, mesmo nunca tendo sido usuário de nenhuma, nem mesmo de maconha, sou a favor da sua liberação. Dá certo em alguns países e acaba com o tráfico, um dos maiores males do mundo de hoje. Mas você percebeu que eu falei “praticamente qualquer tipo de censura”, o que é diferente de “todo o tipo de censura”. Sites de pedofilia e assemelhados sou a favor de uma censura prévia, pelo fato óbvio: se não há sites desse assunto, não há incentivo financeiro, o que desacelera esse mercado como um todo, protegendo as crianças que são usadas para tal.

Para facilitar esse post, vou apenas abordar a censura digital. Nesse caso, gostaria de dividir a censura em dois tipois: (1) visando proteger a pessoa que lê ou assiste e (2) visando proteger as pessoas envolvidas na montagem/fabricação do artigo/vídeo. Existe uma diferença enorme entre as duas. A primeira, por exemplo, é o caso de sites com imagens pornográficas (de adultos) ou grupos que incentivam o racismo. Ninguém mata ou prostitui crianças para escrever ou filmar assuntos desse tipo. No segundo caso, estamos falando de vídeos de prostituição infantil (que exige que haja crianças fazendo o vídeo), tortura e outras coisas do gênero.

Para mim é claro que a censura to tipo (2) é salutar e deve ser realizada - é uma forma de combater o crime organizado. A do tipo (1) é que tenho sérias dúvidas: dúvidas se ela é salutar ou não e dúvidas se o esforço de combatê-la vale a pena. E o esforço aqui, acredite, é gigante. Vou expor alguns dados para que você saiba exatamente o que estou falando.

- MySpace, em agosto de 2007, tinha em média 67 bilhões de pageviews por mês (com 1,2 bilhão de visitas).
- Facebook tem hoje 65 bilhões de pageviews por mês, crescendo a uma taxa de 250 mil novos usuários por mês.
- A rede Yahoo! gera mais de 100 bilhões de pageviews por mês (por que você acha que eles declinaram a proposta da Microsoft? Imagine o potencial de marketing que eles possuem).

Números assustadores, não? Fica ainda pior quando se percebe que todos os sites acima possuem a capacidade de criar grupos (racistas, pró-aborto, pró-drogas, etc) e discussões que, com esse volume, são muito difícies de serem controlados. Cada usuário pode criar um grupo ou uma lista de discussão na hora que lhe "der na telha".

Por isso que, tratando-se da censura do tipo (1), tenho um pé atrás. Na verdade, os dois pés atrás. Assim como as pessoas possuem o direito de ler sobre porque os grupos racistas são a favor de humilhar e talvez até escravizar os negros, as mesmas pessoas têm o direito e a capacidade de ler sobre porque o racismo é tão ruim e causou tantos estragos na história da humanidade.

Acho que está na hora de governantes e juizes de direito entenderem que ninguém pára a evolução. O Brasil, mesmo considerando-se liberal, ainda cai e recai no erro de tentar fechar um site quando alguma coisa "sai fora do seu controle". Está na hora dessas pessoas entrarem no século 21. O século em que a censura está na educação, nos valores individuais, na informação e na escolha do que e quando ler - podendo ler tanto a versão do lado ruim como a versão do lado bom.

É a informação que vai nos libertar, não a censura...

Dr. Zambol
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Leia também:

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Vote no Slogan da Tribo

Pessoal:
Iniciamos hoje uma pesquisa de opinião para escolha do Slogan da Tribo do Mouse. Acesse a Tribo e vote no canto superior direito, ou vote direto aqui.
Para conferir a lista completa de frases, inclusive as que não chegaram entre as melhores, acesse o nosso blog de bastidores.

Abraços da Tribo do Mouse (Jack, Reggie e Zambol)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Desenvolvedor no País das Maravilhas

Contam as más línguas que Nerdito era o programador mais técnico da empresa. Dono de uma capacidade absurda de codificação e análise, era mais rápido que todos os seus colegas no setor que trabalhava.

Não era por menos. Aficcionado pela “arte de programar”, saía do trabalho e ia para casa testar as novidades que haviam sido anunciadas no mercado. Passava horas a fio às vezes programando a esmo ou codificando seu próprio site em .NET, que também servia de laboratório para testar todas as novidades do mercado.

Mas Nerdito sentia-se injustiçado. Mesmo dotado de uma capacidade incrível para a resolução de problemas, tinha ficado para trás, pela terceira vez, na escolha da empresa para uma nova vaga para líder de equipe. Nas três vezes viu pessoas, em sua opinião, muito menos capacitadas para assumir tal posição.

Como não gostava de seu gerente, o Arnaldo, por considerá-lo muito fraco e achar que ele não gostava de pessoas técnicas, Nerdito marca uma reunião com seu diretor.

- Fábio, você não me conhece bem, mas sou seu principal desenvolvedor. Sou o Nerdito. Prazer.
- O prazer é todo meu Nerdito. Qual seu nome completo? Pergunta Fábio, o diretor de operações.
- João Sofrenildo Nerdito.
- O Sofrenildo é da mãe?
- Sim. Ela é da familia Sofrenildo. O Nerdito é do meu pai.
- Ok. Lembro-me de você. O Arnaldo já me comentou sobre o seu trabalho.
- Pois é sobre isso mesmo que quero falar. Ele não gosta de pessoas técnicas, talvez porque ameaçem a posição dele. E por três vezes fui passado para trás aqui nessa empresa e assisti pacientemente pessoas menos qualificadas do que eu sendo promovidas ao cargo de líder de equipe, quando ele muito bem sabia que eu era mais capacitado do que todos. Já estou há um dois anos na empresa e sinto-me preparado para essa promoção. Achei que estava na hora de parar com esse joguinho.

Fábio fica extremamente surpreso com aquele comportamento.

- Nerdito. Vamos com calma. O Arnaldo sempre me fala bem de você e sempre foi o maior defensor de sua promoção. E na verdade ele já teve 4 ou 5 reuniões explicando a você onde melhorar correto?
- Correto...
- Pois bem, Nerdito, você quer a verdade nua e crua? São os seus colegas que impedem a sua promoção. E agora fica bem claro para mim as razões. Um pessoa prepotente, que não escuta feedback de seu chefe e se acha melhor do que os outros certamente não pode ser líder. Aliás, porque você nunca procurou o Arnaldo para ter uma conversa franca antes de chegar nessa situação? E saiba mais: o Arnaldo é um gerente técnico – um dos melhores que já tivemos - e que acredita em você, mesmo depois de ver um crescimento comportamental muito lento em você. Nas duas últimas semanas o Arnaldo trabalhou com o seu time atual para prepará-los para ter você como líder nos próximos 6 meses. Ele criou uma nova lista do que você ainda precisa trabalhar e...
- Puxa, eu não sabia disso, me desculpa – interrompeu Nerdito.
- Não precisa se desculpar Nerdito. Vou cancelar esse plano e pedir o seu desligamento da empresa. Infelizmente, você passou dos limites. Já havia informado o Arnaldo sobre isso – ele acreditava em você e eu tinha sérias dúvidas. Agora já não as possuo. Favor passar às 16 horas no RH. Agora preciso resolver um problema urgente com a fábrica de remédios, ok?

Nerdito saiu destruído. Tinha se equivocado terrivelmente – os que havia tratado como inimigos, estavam jogando a seu favor. Aqueles que tinha como amigos, estavam contra ele.

Naquele dia, Nerdito precisou ser demitido para finalmente estar pronto para aprender algumas lições básicas de uma organização:

  • Escute o feedback, acredite e trabalhe em cima dele. Jack DelaVega escreveu um post muito interessante sobre o feedback.

  • Ninguém quer um herói técnico que não tenha inteligência emocional de resolver questões comportamentais. Uma pessoa assim, nem para desenvolvedor serve – ao menos não por muito tempo.

  • Não ponha NUNCA a culpa exclusivamente nos outros. Numa relação, SEMPRE existe uma parcela de culpa nos dois lados. Pode ser que os outros estejam mais errados do que você, ok, mas entenda porque eles ajem dessa forma e trabalhe para mudar.

  • Os maiores advogados e promotores da sua carreira serão sempre o seu chefe e os seus colegas, nessa ordem. Sem o apoio deles, você não tem nada. Já como o feedback do chefe é mais comum, tente entender o que seus colegas pensam de você, nem que você tenha que se expor para conseguir isso, marcando uma reunião com cada um e perguntando a eles quais ações você deveria “Começar”, quais ações você deveria “Parar” e quais ações você deveria “Continuar”. Esse é um modelo de feedback conhecido como Start/Stop/Continue. Eu gosto muito desse modelo pois ele expõe as fortalezas (Continue) e as fraquesas (Start / Stop) de um jeito bem prático e rápido.

E você? Ainda coloca a culpa nos outros?

Dr. Zambol
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Quer conhecer mais histórias de Nerdito? Conheça o texto Suportanto o Suporte.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Lições do Tigre Celta

Fazem quase 6 meses que estou morando na Irlanda. Antes de ver com os meus próprios olhos, muito eu ouvi sobre o “Tigre Celta”. Chegando aqui encontrei um tigre que não ruge mais tão alto assim, mas ainda um país extremamente desenvolvido e com vocação para a inovação. Me lembrei do meu amigo Zambol falando sobre as lições do dragão e resolvi fazer esse post.

A Irlanda ficou famosa nas décadas de 80 e 90 pelo incrível desempenho econômico, e pela conseqüente transformação do país de primo-pobre da Europa em uma das economias mais pujantes do velho continente. As razões para essa transformação foram várias, e algumas das medidas perduram até hoje, como o enorme incentivo para a instalação de empresas de serviços, especialmente em áreas como tecnologia da informação e setor financeiro.
Mas quero focar na situação atual. Hoje, como falei, o tigre não ruge mais tão alto. Embora longe de uma crise (o país segue crescendo a taxas maiores que os seus colegas europeus, e o desemprego é baixíssimo), a Irlanda sofreu com a crise imobiliária, e sabe que não pode basear a sua estratégia apenas em incentivos fiscais para empresas multinacionais.

Está em andamento o NDP – National Development Plan, uma espécie de PAC irlandês. A intenção é solidificar a tendência de crescimento do país e preparar as empresas locais para guiarem esse crescimento. Nesse sentido, eu estava lendo no jornal outro dia que o governo havia divulgado uma pesquisa realizada como parte do NDP. O objetivo da pesquisa era determinar as maneiras mais eficazes e baratas de incrementar a produtividade e lucratividade das pequenas e médias empresas. Sabe qual foi o resultado da pesquisa?

Investimento em melhorias no ambiente de trabalho e práticas de gestão de pessoas.

Conclusão: o governo colocou em prática um plano nacional para ajudar as pequenas e médias empresas a melhorarem seus ambientes de trabalho e suas práticas de gestão de pessoas (mais detalhes em http://www.ncpp.ie/ e http://workplacestrategy.ie/). Os dados mostram que empresas com bons indicadores nessas áreas apresentaram em média uma produtividade 15% maior do que empresas do mesmo setor com indicadores pobres. De maneira similar, a lucratividade, a retenção de empregados e vários outros números mostraram-se melhores.

Esse é o tipo de coisa que eu aprecio na gestão de uma organização, empresa, estado, o que seja. Primeiro, me mostre os dados. Trabalho sério e científico com números sempre se mostra útil. Segundo: ação, execução. De nada adianta trabalhar nos números, garimpar e descobrir como as coisas funcionam, se depois disso não vier um consistente plano de execução, e claro, resultados. E terceiro: foco nas pessoas. Eu acredito que qualquer investimento em pessoas sempre é um bom investimento, e o governo irlandês provou com números que investir em melhorias no ambiente de trabalho e em práticas de gestão de pessoas dá lucro! Não é uma novidade para mim, mas certamente é uma novidade para um bocado de empreendedores e gestores do meu Brasil. Ambiente agradável? Ergonomia? Avaliações de desempenho periódicas? Planejamento de carreira? Conversa!! Vai trabalhar vagabundo!!

O tigre celta está nessa encruzilhada. Vem de um forte período de desenvolvimento, mas uma dúvida paira no ar sobre se o país consegue continuar nessa tendência, ou se pode vir a enfrentar uma crise em breve. Mas eles parecem entender a importância das pessoas e da gestão qualificada melhor do que muitas empresas que conhecemos. Nisso podemos aprender com eles.

Reggie, the Engineer.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Review do livro: Jack Definitivo

Pessoal:
Publicamos hoje no Tribo Recomenda o review do livro Jack Definitivo, a biografia de Jack Welch, um dos maiores executivos de todos os tempos. Leitura obrigatória para quem curte o nosso blog.

[]s
Jack DelaVega

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Caminhando Sobre Rosas

Ícaro sabia que o projeto tinha ido para o brejo. Como o seu homônimo da mitologia grega, ele sonhou em voar, mas foi cegado pelo sol. Agora sobravam as pedras, lá embaixo esperando para receber a sua queda. Projetos grandes assim são como loteria, com as chances inevitavelmente contra o apostador. Nesse caso especifico, a venda foi mal feita, os requisitos mal definidos, e a expectativa do cliente totalmente equivocada. Resultado: seis meses de atraso na entrega, orçamento completamente estourado, e nada, nada de luz no final do túnel. Seriam precisos, pelo menos, mais seis meses para colocar a casa em ordem.

Com a pressão rolando por todos os lados, não demorou muito para a equipe compreender que o barco estava afundando. Só nos últimos três meses haviam perdido vinte pessoas, seja para outras empresas ou mesmo aqueles que decidiram sair sem ter um emprego garantido em outro lugar.
Foi quando Ícaro marcou uma reunião para motivar o time. O último suspiro, sua tentativa derradeira como líder. Haviam quase cem pessoas no auditório.
- Pessoal, a situação do projeto está crítica, como todos vocês já perceberam. Mas precisamos do comprometimento de todos para superarmos juntos esses obstáculos. Ninguém falou que iria ser fácil...
Quarenta minutos depois, nos quais basicamente foi reforçado o óbvio gerencial, ele abriu para perguntas. Os rostos na sala não esboçavam reação aparente. Seus poderes não funcionavam mais na equipe. Foi quando um sujeito levantou a mão:
- Estamos trabalhando uma média de quinze horas por dia pelas últimas oito semanas, sem sábados ou domingos. Você não acha que as ações devem ser tomadas do outro lado? Por exemplo, não deveríamos estar renegociando o contrato ou sendo mais criteriosos antes de aceitar os requisições do cliente ao invés de matar o time que está executando o projeto?
Não existe ninguém mais perigoso do que aquele que não tem nada a perder, pensou Ícaro. O que eu faço com um sujeito desses? Demitir? Não, isso provavelmente seria uma alívio para ele.
- Excelente pergunta Jonas.
- É Jonatas, o meu nome é Jonatas.
- Desculpe, Jonatas. – Passou pela sua cabeça que time troca de gente mais rápido do que a sua capacidade de memorizar nomes.
- É que você tem que entender, Jonatas, que essa opção não é tão simples assim. Esse é o momento de darmos tudo que podemos. Garanto a vocês todos , depois que a gente entregar o projeto, vamos “Caminhar sobre Rosas” dentro dessa empresa

E a resposta de Jonatas foi imediata:
- Talvez. Mas até lá, sugiro que a gente encomende algumas “Coroas de Rosas”.
E o auditório caiu na risada, um riso forte e nervoso.
Ícaro baixou a cabeça e respirou fundo. Estava perdido, e sabia disso.
[]s
Jack DelaVega