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Guia Especial - Planejamento de Carreira

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quinta-feira, 29 de março de 2007

Mamãe quero ser Astronauta

Acho que toda a criança já disse isso pelo menos uma vez. Na minha visão Arquitetos de Software são o equivalente em Computação para os Astronautas. Ok, alguém pode argumentar que na verdade os programadores querem mesmo é virar Gerentes de Projeto ou Gerentes Funcionais, mas isso não é verdade. Gerenciamento normalmente não é uma alternativa intencional de carreira, é muito mais um fatalismo, uma distorção gerada pela inexistência da carreira em Y no nosso país, mas discorro sobre isso outro dia.


Voltando aos Arquitetos, eles sim são o sonho de carreira dos desenvolvedores, pelo menos de uma parte deles. E como os Astronautas ninguém sabe direito o que eles fazem. Como assim? É óbvio, definem, descrevem, desenham Arquitetura. Fácil não? Nem tanto, defina Arquitetura. Estamos falando do nível de aplicação? De banco de dados? Enterprise Architeture? É uma verdadeira salada. Outra similaridade que me chama a atenção é o processo de formação desses profissionais. Já ouviram falar de Astronauta em início de carreira? Faculdade para Astronauta? Complicado né. Além disso, o fato é que não precisamos de tantos astronautas assim, é uma profissão para poucos mas bons.

Talvez por isso eu receba com certo preconceito as respostas dos candidatos a emprego que entrevisto quando eles mencionam que já são Arquitetos de Software. São em sua maioria “wannabes”, e como tem. Ficam repetindo e repetindo seu título na esperança que alguém acredite.

Living the Dream
Em tempo.
Tive a oportunidade de almoçar com o Reggie e um Arquiteto que levantou as mesmas questões descritas acima. Mas diferente dos simples mortais ele decidiu fazer algo a respeito, o resultado está no link abaixo. Vale à pena dar uma olhada.
http://www.iasahome.org/

[]s
Jack DelaVega

quarta-feira, 28 de março de 2007

Inepto

Tá bom, o cara era ruim. Não, ele era muito ruim.

A gente estava em período de avaliação e com certeza ele iria para o “paredão”. Ele havia sido transferido para o meu time recentemente, e do pouco que eu conhecia dele, parecia um cara legal. Mas bom, legal não ganha jogo. Fazer o que?

O feedback de que estava trabalhando com ele foi ruim à beça, para não dizer coisa pior. Por outro lado eu não tinha feito meu “tema de casa” e detectado o problema antes. Pior, não era uma daquelas coisas que a gente consegue resolver.
Não era falta de treinamento ou algum comportamento inadequado que pudesse ser facilmente corrigido. Era falta de aptidão, ele simplesmente não dava pra coisa (Me lembrem de discutir Talento Nato x Talento Desenvolvido em um post futuro, mas adiantando o assunto, na minha opinião, lógica é uma coisa que não se ensina).

E lá estou eu como o abacaxi para descascar e aquela sensação incomoda no estômago, erro meu, erro dele, erro de quem contratou, não importa, eu tinha que resolver. E para agravar a situação o cara estava com a esposa grávida de cinco meses. Nunca é fácil.

Marquei uma reunião como ele, mas antes que eu pudesse entrar no assunto ele diz que tem uma coisa para me falar. Havia passado em um concurso público e estava pedindo demissão. Chegou à conclusão que na nossa empresa se trabalhava demais e isso não era para ele, tinha outras prioridades na vida.

Salvo pelo gongo. Como diria minha avó, tenho mais sorte que juízo.
Fica a lição.

[]s
Jack DelaVega

Mudando para melhor servi-lo

Pessoal:
Por sugestão do Mr. Nice Guy acabamos de colocar no ar a opção de assinatura do Blog, agora vocês podem receber os novos posts no conforto do seu e-mail. Além disso, por sugestão do Dilbert estamos abrindo espaço para vocês enviarem reviews de livros que estaremos publicando semanalmente. Para participar é só enviar o texto para qualquer um dos nossos e-mails.

Agradeço as contribuições, ainda estamos aprendendo como fazer um blog e toda sugestão é válida.

[]s
Jack DelaVega

terça-feira, 27 de março de 2007

“Ao vencedor, as batatas”

Caros amigos, essa semana eu tinha programado comigo mesmo começar uma série de posts que estou planejando sobre o tal “Corporate Game”, suas pseudo-regras e implicâncias no dia-a-dia de um profissional. Mas trata-se de um assunto muito complexo e polêmico, e quero abordá-lo quando estiver com tempo suficiente. Vou divagar um pouco então sobre diferenciação, um tema que me fascina imensamente.

Quero começar chutando o balde de leve e fazendo um comentário sobre o povo brasileiro: êta gente mesquinha e paternalista. Não me entendam mal, não sou nenhum antipatriota ou coisa do gênero, pelo contrário. Apenas percebi ao longo das minhas experiências que as organizações representam muitas vezes uma espécie de “curso intensivo de vida”, e especificamente no Brasil o que se vê é muita mesquinharia e paternalismo.

Com exceção de algumas idéias lançadas pelo Ricardo Semler na Semco, o Brasil carece, e muito, de um modelo próprio de diferenciação nas organizações. O que se vê largamente é nenhuma ou ralas práticas entre as pequenas e médias empresas, e modelos copiados de fora (normalmente dos Estados Unidos) nas grandes organizações. Muitas dessas organizações têm inclusive orgulho em participar de concursos-de-brinquedo que elegem “a empresa mais imparcial”, “a melhor em reconhecimento”, etc. e tal, enfim, critérios que definiriam boas empresas para se trabalhar. Eu mesmo já me assustei com o quanto essas brincadeiras podem ser levadas a sério por algumas pessoas.

O que eu acredito na prática é que diferenciação tem a ver com paradigmas normalmente intocados, principalmente no Brasil. O conceito de diferenciação enfrenta grandes barreiras em organizações nacionais porque choca-se de frente com uma idéia amplamente difundida no nosso país, a qual afirma que todos deveriam ser tratados como iguais. Ora, as pessoas não querem se sentir iguais dentro de uma organização, elas querem se sentir únicas. Não é injusto tratar funcionários de maneira diferente. Pelo contrário, é muito importante que cada um se sinta compreendido dentro das suas características. O ideal seria que tivéssemos modelos de gerenciamento que pudessem tornar as pessoas mais daquilo que elas já são (veja bem, é diferente de “mais do que elas já são”... o Dr. Zambol me ensinou truques de língua portuguesa). Nesse sentido, vejo as nossas empresas muito falhas na tarefa de valorizar as diferenças. Muitas delas possuem práticas extremamente eficientes para identificação de pontos fracos que ninguém entende, criação de planos de ação intermináveis, e roteiros de treinamento aos quais nem o Batman deve ter sido submetido. Mas pouquíssimas são competentes na arte de identificar os talentos dos funcionários e transformar isso em performance. Aliás, não é para isso que a diferenciação deveria servir? Todos têm seus defeitos e inseguranças, do faxineiro ao CEO. É a lapidação dos talentos, entretanto, que move uma organização para o próximo nível.

Se você é um profissional competente, espero que não se enquadre em uma organização com os vícios que descrevi. É bastante frustrante. Espero sinceramente que caso você seja um vencedor, não fique apenas com as batatas.

Reggie, the Engineer.
--

segunda-feira, 26 de março de 2007

Como Não Ser Tão Medíocre

Você já parou para pensar quantas vezes ficamos contentes com o “mais ou menos”? Será que a frase “o ótimo é inimigo do bom”, tão ouvida nas empresas de TI, lavou o nosso cérebro? Porque ficamos satisfeitos com a reunião inútil e imbecil de status que temos todas às terças-feiras?

Às vezes me pergunto se realmente estamos satisfeitos com o mediano ou se apenas ficamos conformados, inertes. Um homem barbudo de 2000 anos atrás já falava “Ou é quente ou é frio – o morno, eu vomito”. Não sei se o leitor o conhece. Chamava-se Jesus.

O que quero colocar aqui é que se não fizermos nada para impedir isso – nos tornarmos agentes ativos do morno, do podre. Termos consciência disso é só o início. Mas isso é um blog, não um livro de auto-ajuda. Deixe-me, portanto, ser um pouco mais prático.

Imagine-se numa das famosas e famigeradas reuniões de status. Sim, aquelas reuniões que começam 10 minutos atrasadas e a única coisa que se ouve é como os projetos estão indo. Ações? Ninguém anota, ou, se existem, são sempre tomadas pelo responsável do projeto. Sei que você já teve e ainda tem reuniões desse tipo. Qual o motivo dessa reunião afinal?

Como gerentes, temos responsabilidade perante a empresa de otimizar o tempo de todos. Infelizmente, às vezes o que vemos é o extremo oposto. Se você é o responsável pela reunião, saiba o que os outros pensam dela, constantemente. Não entendo como hoje, com o feedback tão difundido, ainda tenhamos reuniões tão ruins. Comece, por exemplo, acabando a reunião 5 minutos antes e peça feedback para um dos participantes – mas, pelo amor de Deus, não pergunte “o que você acha disso”. Use perguntas-afirmativas, abertas, como “Como você acha que podemos fazer a reunião mais efetiva?”. Depois de 5 ou 6 feedbacks, certamente você aprenderá muitas coisas que podem ser alteradas.

Ok, mas e se você não é o responsável pela reunião? Bom, comece trabalhando com o dono da reunião. É sua obrigação avisá-lo que ela não está sendo efetiva. Mostre-o quais mudanças são necessárias: mas venha com uma lista pronta de idéias. Caso não dê certo, ainda é sua função otimizar o tempo de todos. Tente proteger a sua equipe de reuniões imbecis. Por exemplo, apenas uma pessoa pode assisti-la, ouvir baboseiras por 1 hora e, mais tarde, resumi-las em um e-mail de 10 linhas para todo o time.

Sim, sei que estou falando o óbvio. Mas meu sonho é que coisas óbvias como essas estejam no dia-a-dia de todos. E não falo isso apenas para reuniões. Contratações, divergências com outros times (por exemplo, a famosa briga Desenvolvimento x Suporte) ou até uma carta pedindo mais dinheiro do financeiro – às vezes só nos falta a coragem de sair da conformidade, de usar ferramentas universais como o feedback ou a objetividade - de não ser tão medíocres. Às vezes o que falta é só levantar o braço e, como diz meu amigo Jack DelaVega, fazer a pergunta certa. Já pensou quantas coisas do dia-a-dia não podem ser alteradas com simples perguntas, feedbacks ou minúsculas ações?

Mas não se preocupe, não tenho a esperança de acabar com a mediocridade. Talvez seja muito medíocre para alcançar tal façanha...

Dr. Zambol
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sexta-feira, 23 de março de 2007

“It's not personal, Sonny. It's strictly business”

Vivemos num país incrível, tem uma velha piada que descreve bem do que me refiro.

O Brasil é o único país em que prostituta goza e cafetão tem ciúmes”.

Isso é algo faz parte do nosso DNA Cultural, é um pouco do que somos, e por mais estranho que possa parecer, é uma das coisas que nos difere do resto do mundo.

Aqui somos amigos das pessoas com as quais trabalhamos, nos Estados Unidos ou Europa a distinção é bem clara, Amigos amigos, negócios à parte.Tudo bem, concordo que somos superficiais também, temos centenas de amigos e poucos bons amigos, é só olhar o Orkut de cada um para constatar isso. De qualquer maneira carga emocional que trazemos para nossas relações profissionais é grande e tem um impacto tremendo no nosso modo de trabalho. Focando na relação gerente-subordinado ele é ainda mais evidenciado, ora, se sem emoção gerenciar não é uma tarefa trivial, com emoção então a coisa fica praticamente impossível.

Apenas para ilustrar, já me peguei em uma situação na qual estava empenhado em conseguir uma posição em outro time para uma pessoa que trabalhava comigo, porque tinha a plena convicção de que isso seria o melhor para a carreira dela. No entanto a percepção dessa pessoa foi de que “Eu não gostava de trabalhar com ela por isso estava querendo movê-la”.

Pois bem, então como separar a emoção na hora de tratar de negócios? Precisamos realmente fazer isso? Tenho colegas que costumam dizer que deixam o coração na recepção, como se efetivamente pudéssemos desligar nas nossas emoções e agir como autômatos. Por outro lado é fácil, muito fácil, cair nos estereótipos de amigão ou carrasco que normalmente são conseqüência do excesso de emoção.

Talvez a vida nos endureça, ainda que não acredite espero que a idade me ajude a lidar melhor com isso. Mas me pergunto como os médicos lidam com esse problema? Como separam o pessoal do profissional? Nunca cogitei fazer medicina por não suportar sangue, mas quanto sangue eu sou capaz de derramar como gerente? Se o “Caminho do Meio” é a opção correta preciso aprender como fazer isso. O fato é que não vou conseguir esgotar o assunto aqui, essa é só mais uma questão dentre as muitas que espero debater nesse espaço.

[]s

Jack DelaVega

Boa pergunta

Tem uma tira de jornal do Woody Allen que eu acho genial na qual um professor está explicando para a turma que muitas vezes é mais importante aprender a fazer uma boa pergunta do que encontrar uma boa resposta. E então um dos alunos levanta a mão e pergunta:

“- Mas professor, o que é uma boa pergunta?”, Ao que o professor prontamente responde,

“- A sua, por exemplo”.

Pode parecer pouco, mas fico feliz que estamos fazendo as perguntas certas.

[]s

Jack Delavega.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Começando Devagarinho - The Manager Pool

Se por um lado a estrada me leva a não acreditar mais em soluções mágicas, "Balas de Prata" para todo o tipo de problemas, por outro tenho a convicção que um conjunto sólido de valores ajuda muito a balizar nossas ações e medir nossa eficácia no trabalho ou mesmo na vida pessoal.
É nesse sentido que a premisa de um "Manager Pool" funciona, e funciona bem, podendo ser aplicada nos mais variados contexto. The Manager Pool, conceito descrito em um livro do mesmo nome (na minha opinião a única coisa boa do livro) coloca a seguinte questão:

"Se ao invés de um pool de recursos como normalmente vemos em nossas empresas existisse um pool de Gerentes, você seria um dos selecionados?"

Balizar as minhas ações de acordo com essa premissa ajuda bastante.
Hoje tive um dia duro, com certeza ficaria no Pool.

Jack DelaVega

quinta-feira, 8 de março de 2007

Gênesis - Agora é a luta armada

Pessoal:

Fiquei me sentindo mal (pra não dizer um merda), depois de todas as discussões que tivemos semana passada sobre RH, Gerenciamento e outros assuntos correlatos. Acho que em algum ponto deixei de tomar ações que realmente acredito para jogar o “Corporate Game”. Por outro lado aprendemos que o confronto direto também não surte os efeitos desejados, vide o caso do XXXXXX.

Tive então a idéia de começar um Blog, para falarmos sobre assuntos gerais de RH, discutirmos nossos pontos de vista sejam eles relacionados ou não com TI. Pelo menos no incio começaríamos com Pseudônimos, para ficarmos mais livres para falar o que quisermos.

Gostaria de ter vcs escrevendo também, contrapondo visões diferentes e experiências.


So, are you in or what?

[]s
Jack DelaVega