Manual do Empreendedor - eBook Gratuito

Dicas e Técnicas para você transformar suas idéias em um Empreendimento de Sucesso

Guia Especial - Gestão

Uma coleção de textos sobre tópicos fundamentais em Gestão nos dias de hoje

O Melhor do Humor no Escritório

eBook Gratuito que compila os melhores textos de humor de Jack DelaVega

Guia Especial - Planejamento de Carreira

Tudo que você precisa saber para fazer um bom planejamento de carreira e atingir os seus objetivos pessoais e profissionais

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Fim de Ano da Tribo

A Tribo do Mouse lhe deseja um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de alegrias e realizações. Retornamos no dia 7 de janeiro, com muitas novidades e cheios de história para contar.

Abraços da Tribo do Mouse (Jack, Reggie e Zambol)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A Piada da Terceirização em TI

O assunto de hoje é tabu. Afinal, terceirização é uma prática extremamente difundida nos últimos anos em todo o planeta. Recentemente participei de um processo de seleção e contratação de um fornecedor de consultoria e terceirização em TI. O projeto está andando no momento com excelentes resultados. Quando comparo ao que estava acostumado a ver no Brasil, nossa, quanta diferença.

Pra variar, no Brasil as coisas começam erradas. Quer ver? Pense na primeira razão que lhe vem à cabeça para o uso de terceirização.

Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três.

Aposto que a razão que você pensou tem a ver com redução de custos, certo?

Pois é, esse é o mito. A principal razão para terceirização deveria ser a concentração de esforços na atividade-fim da empresa. Melhoria da qualidade das atividades-meio e uma consequente redução de custo deveriam vir a seguir.

Fico me lembrando principalmente dos diversos processos de terceirização na área de TI que participei. O pensamento no lado de quem contrata quase sempre era: “vamos trocar x funcionários com carteira assinada por y ‘recursos’ PJ; assim economizaremos uma banana de dinheiro”.

Por outro lado o pensamento no lado de quem fornece quase sempre é: “a Bogus precisa de 10 ‘recursos’ Java para semana que vem; vamos fazer um esforço extra de contratação, fechamos os contratos PJ durante essa semana e jogamos os caras lá o mais rápido possível”. São as empresas “chupa-cabra” como gosto de chamar. E existem várias...

Sinceramente, tem alguma chance de dar certo? Existe algum conhecimento sendo transferido da empresa prestadora de serviços para a empresa que está terceirizando? Existe algum valor sendo agregado pelo prestador de serviço além da simples e ilusória redução de custo? Sim, ilusória. Porque basta um dos “recursos” PJ entrar na justiça contra a empresa contratante (o que na prática no Brasil acontece muito, e sinceramente, não é nada mais do que o direito do funcionário, apesar de alguns gaviões ameaçadores acharem o contrário) e a economia de meses vai por água abaixo. Fora os outros prejuízos que permanecem escondidos atrás de contratos como esses, até serem descobertos quando já é tarde demais.

E na visão do “recurso”, como são as coisas? Tem muita gente que adora, afinal o salário líquido PJ é normalmente maior do que na carteira assinada. Mas e a incomodação de manter uma empresa? Tem político por aí justificando o aquecimento econômico no Brasil baseado no fato de que nunca tivemos tantas pequenas empresas registradas como nos últimos anos. É o clássico caso de “massageamento estatístico”. Voltando às pessoas, como é se sentir um “terceiro”? Se sentir um “recurso”? Seria totalmente justificada uma revolução em massa apenas pelos termos pejorativos usados. O que dizer então das condições de trabalho, da insegurança quanto ao futuro, da falta de perspectiva à médio-longo prazo?

Não estou aqui para pregar contra a terceirização em TI. Seria até estúpido. Mas a maneira como rodamos esse modelo de negócio no Brasil merece um puxão de orelha. É ruim para quem contrata e é ruim para quem trabalha. Ah, só não é ruim para quem fornece os “recursos”...

Bom era isso, iniciei o ano com polêmica, encerro com polêmica. Um forte abraço a todos (ou quase todos), um feliz Natal e um 2008 de muita saúde e realizações.

Reggie, the Engineer.
--

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Pré-Ocupação

É época de natal. Inevitavelmente acabamos por fazer uma análise de como foram os últimos 365 dias: quais nossos sucessos e quais nossos fracassos. Infelizmente, a maioria das pessoas tende a focar mais nos fracassos - não porque são masoquistas, mas porque geralmente é aquilo que mais lhes marca.

No meu exercício pessoal, dei uma rápida olhada para esse ano e tive uma certeza mais clara do
que nunca: se eu não aproveitar o dia que estou vivendo - exatamente esse dia - preocupações e
planos que não deram certo acabam consumindo com a minha felicidade.

Por que tive essa certeza clara esse ano? Porque nunca tive tantas incertezas como nesse ano. A
maioria de cunho profissional: "muda aqui", "altera ali", "demite de lá", "quero três nomes",
"muda essa área", "não conta pro time", "teu chefe agora é esse", "não tenho culpa se o teu
diretor não faz nada, sou só um VP", "não posso", "não quero". Nossa...Mas quando a incerteza
tornou-se maior do que tudo, e que percebi que não teria controle algum sobre isso, foi que
consegui me reerguer. Lembrei das palavras de um dito apócrifo: "a preocupação é tão eficaz
quanto tentar resolver uma equação matemática mascando chiclete". Parece estranho na primeira vez que se ouve, mas preocupação nunca resolveu nada nesse mundo - ações sim.



Sei que o assunto é batido. Mas é incrível que você só se dá conta disso e aceita quando não tem controle nenhum da situação. Talvez o segredo seja esse - estar em um dos extremos: ou resolve logo tomando uma ação ou não se preocupa. Quem sabe?

O que quero para o ano que vem? Segue uma pequena listinha, aposto que é parecida com a sua:



* Paz (sim, inclui falta de preocupação)
* Saúde
* Segurança
* Amor
* Liberdade Editorial (hehehe, esse é de sacanagem pro Hugo Chavez, um ex-prestador de serviço de publicidade do site)

Na minha re-erguida, dei uma lida em meus mestres. E sabe o que encontrei? Uma preciosidade de Ernest Hemingway. Segue o trecho de sua autoria que tem tudo a ver com a idéia que quero passar nesse texto.

"Estou em situação que eu queria prolongar pela minha vida inteira. E há de ser assim, só que
minha vida inteira está resumida no agora. Não existe nada mais além do agora. Não há ontem, não há amanhã. Só há agora – e se o agora é de só dois dias, então, minha vida é de só dois dias e
tudo mais guardará a mesma proporção. E se esses dois dias forem uma grande vida, eu vivi uma grande vida, porque a extensão das grandes vidas não se mede com o metro dos anos, e sim com o da intensidade."

Desejo um bom natal e um ano novo repleto de alegria a todos, de coração.

Dr. Zambol
--

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A quem interessar possa...

Às vezes a gente erra. Para não entrar em contradição com tudo aquilo que acredito e que tem me motivado a tocar a Tribo em frente junto com Jack e Zambol, quero assumir um erro. Fui inocente, "guri" como se diz no sul. Prego sem estopa. O fato de não trabalharmos com revisão às vezes contribui para que beiremos os limites da educação e da ética. Não pode acontecer. Não gosto de soco abaixo da linha da cintura e, se foi o caso, peço desculpas.

Mas paro por aí.

Porque, por outro lado, aqui está um autor de blog. Quem não gosta do calor que saia da cozinha. Me reservo o direito de ter as opiniões que quizer e traduzí-las aqui da forma que bem entender. Não peço que apreciem o que penso, apesar do ego. Mas eu penso, e continuo pensando.

O Curso Pré-Vestibular Unificado tem um slogan genial que diz "Você é o resultado das suas escolhas". Todos nós somos. Eu e você inclusive. Eu fiz a minha, e não estou mudando de idéia no momento...

Reggie, the Engineer.
--

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O que não é preciso para se ter sucesso

Lá estava Larry em mais um dia de trabalho. Como de costume, as primeiras atividades do dia são pegar um café bem forte e ler as notícias de esportes, de TI e de economia, nessa ordem. O esporte não reservava nada interessante naquele dia, então pulou direto para seus sites preferidos sobre TI. Foi quando uma notícia lhe chamou a atenção.

A manchete falava sobre um conhecido seu no mercado de TI, o Touca. A noticia mencionava o sucesso que a empresa de Touca estava obtendo. Larry estava apavorado com a notícia. Ele havia trabalhado com Touca antes, e sua opinião era nua e crua: Touca era um total incompetente.

Mas a vida é estranha, e enquanto Larry lutava a sua batalha pessoal diária contra as frustrações, tentando atingir o sucesso que acreditava merecer, Touca estava nas manchetes. Touca era a estrela. Larry era mais um leitor anônimo.

Para variar, essa história do meu amigo Larry é baseada em fatos reais. Sempre que penso nessa história reflito sobre o que realmente é ter sucesso profissional para mim. Certamente a minha definição de sucesso profissional é diferente da de Larry, da de Touca e da sua. Portanto é muito difícil falar sobre o que leva alguém a ter sucesso profissional.

Por outro lado, essa história de Larry vale para pensamos nas coisas que aparentemente não são extremamente necessárias para se obter sucesso profissional. Sem pensar em ninguém especificamente, vamos polemizar um pouco e desfazer alguns mitos:

1 – Para se ter sucesso, não é preciso ser competente.
2 – Para se ter sucesso, não é preciso ser honesto.
3 – Para se ter sucesso, não é preciso planejamento.
4 – Para se ter sucesso, não é preciso trabalhar duro.
5 – Para se ter sucesso, não é preciso ter boas recomendações.

Não concorda? Bom, mas infelizmente é verdade.

Há muitos anos atrás, trabalhei com um líder de projeto que me ensinou muitas coisas. Uma das frases dele que eu mais gostava era: “Meu Deus, eu queria ter nascido um pouco mais burro”. A moral dessa frase é que a ignorância pode ser uma benção em algumas situações. Exatamente como no filme Matrix, algumas pessoas optam pela pílula azul, outras pela pílula vermelha. Não há dúvida de que a situação mais confortável é manter-se dentro da Matrix, alheio à crueldade do mundo real.

Não será esse o segredo para o sucesso? Larry não concorda, vai continuar tentando do seu jeito.

Reggie, the Engineer
--

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Uma espiada no futuro... – Parte 2

Outro dia li um artigo interessante sobre performance de organizações. Os autores pesquisaram nada menos do que 230 empresas ao redor do mundo nos últimos 4 anos, totalizando mais de 100.000 empregados entrevistados. Eles estavam interessados em descobrir quais práticas gerenciais realmente contribuem para uma melhoria de performance da organização como um todo.

Apenas pela relevância estatística o artigo já é interessante. Mas as descobertas dos pesquisadores é que mais chamam a atenção. Apesar de simples, elas mostram o quanto estamos caminhando para a tal revolução nos modelos de gerenciamento, conforme temos falado aqui em alguns posts (Bolsa, Uma espiada no futuro..., UGES 1990).

1) A maior parte dos executivos usa da sua experiência e conhecimento pessoal para determinar as estratégias gerenciais que utilizarão para alcançar os resultados nas suas organizações. O problema é que essa experiência e conhecimento baseia-se, em média, na vivência dentro de 2 a 3 empresas no passado. O artigo salienta que a capacidade de usar 2 ou 3 experiências para obter sucesso em qualquer outra realidade é privilégio de muito poucos. Conclusão? Existe um indício forte de que em uma realidade cada vez mais competitiva, as empresas precisarão fazer uso efetivo da sua inteligência coletiva, principalmente para a definição de estratégias. Como disse o Jack esses dias, uma leitura de The Wisdom of the Crowds ajudar a entender a figura.

2) O uso de incentivos pontuais como recompensas financeiras e reconhecimento mostrou-se o artifício de motivação menos efetivo. Os três fatores que mais motivam os empregados em empresas de sucesso são: líderes carismáticos, valores e cultura da empresa, e oportunidades de crescimento.

3) O uso dos chamados “contratos de performance”, ou planos de metas individuais periódicos para os empregados, mostrou-se bastante ineficaz quando comparado a outras ferramentas para promoção de responsabilidade e autonomia dos funcionários. Ficou bem atrás de uma prática extremamente simples mas que a maior parte das empresas falha em aplicar: uma estrutura clara e formal de papéis e responsabilidades.

4) O modelo de liderança chamado “comando e controle” foi rankeado como o mais ineficiente. Nesse modelo, ainda muito popular, o líder diz o que os comandados devem fazer e posteriormente verifica se eles o fizeram. Esse modelo ficou bem atrás do modelo “patriarcal”, no qual existe a figura do líder forte e rigoroso, mas que cuida como um pai dos seus comandados. E também apareceu bem rankeado um modelo moderno de liderança, a chamada “liderança comunitária”, onde todos (inclusive os líderes) colocam a “mão na massa”, onde delegação de tarefas acontece de maneira verdadeira e os empregados tem autonomia para seguir com suas idéias e tomar decisões (“empowerment”).

Não há nenhuma novidade muito grande nessas descobertas, a maior parte das pessoas que vive em ambiente de escritório tem ouvido falar sobre algumas dessas coisas. Mas ver em um artigo científico, baseado em números, preto no branco, que empresas onde práticas como as citadas acima comprovadamente têm performance superior às outras nos ajuda a entender que realmente essas práticas vieram para ficar por um bom tempo.

E você? Pronto para trabalhar em um ambiente de liderança comunitária?

Reggie, the Engineer.
--

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Suba o Morro às Vezes

Quando você pára o carro para trocar os pneus, você não espera que o mecânico “dê uma olhadinha” no seu ar-condicionado; nem que verifique se o filtro de combustível está limpo. O que você espera é que ele troque os pneus e pronto.

Hoje em dia, no estágio em que os serviços estão, praticamente inexiste o “faz-tudo” – aquela eletrônica que conserta televisão de tubo (CRT), televisão de Plasma, iPod, batedeiras e, quem sabe, até aquele aspirador de pó velho que não funciona há mais de um ano. Os estabelecimentos desse tipo que existiam acabaram percebendo que não conseguiam fazer todo o serviço com uma qualidade boa. Alguns ainda tentaram uma sobre-vida, mas nós mesmos (os usuários desse serviço) ficamos extremamente desconfiados de lugares assim e os abondonamos. Sem público, eles fecharam. Praticamente não existem mais...

O que venho falar nesse post hoje é que percebo que essa mentalidade inundou todas as organizações e todas as pessoas de tal forma que, mesmo quando um generalista ainda faz todo o sentido hoje, temos um grande problema em encontrá-lo. Temos um problema de mentalidade.

No mundo da informática, não espero que o gerente seja um generalista – ele deve ser a pessoa que dirige aquele setor (e suas aplicações) e que construa planos de melhoria em relação ao retorno para o negócio. Por assim dizer, ele deveria se “especializar” nessa abordagem.

O generalista no mundo de TI hoje deveria ser o arquiteto de sistemas. O grande problema, ao meu ver, é que mesmo os arquitetos sentem-se mal em ser generalistas e tentam se especializar em alguma coisa.

- Veja bem, Sr. Gerente, sou um arquiteto Java, especializado em WebSphere e MQ. Além do mais, não entendo muito da estratégia de negócio relacionada a esse sistema.

Ora, isso não é um arquiteto! No máximo, é um desenvolvedor pleno, e olhe lá!

O problema é que o arquiteto real, aquele que entende do negócio da sua aplicação e busca construir o melhor framework baseado em suas interligações e no plano de crescimento tanto do sistema quanto da empresa, está em extinção. E não estou falando apenas do arquiteto técnico, estou falando dos três níveis de arquiteto que uma empresa pode ter (arquiteto de projeto, arquiteto de aplicação e Enterprise Architect).

Com a extinção de verdadeiros arquitetos, sobra ao gerente fazer esse papel. Ele é que deve subir no morro e olhar as aplicações e o negócio de cima para definir o que deve ser construído. Mas é aí que mora o problema: os gerentes e diretores estão se mostrando mais e mais incompetentes nessa área, seja por falta de tempo ou por falta de habilidade técnica. Geralmente, no meio do morro, visualizando apenas 10% do que deveriam ver, acabam caindo e, muitas vezes, por medo, nunca mais voltam lá.

Infelizmente, a culpa é da gerência. Se não conseguem fazer isso, devem setar o rumo certo e treinar novos arquitetos, provavelmente provenientes do seu time de desenvolvimento. Ou, se a empresa é pequena demais para isso, devem subir eles mesmo ao topo do morro e visualizar o que está ocorrendo, nem que seja ao custo de repriorização e delegação de outras tarefas.

Se ninguém fizer isso, a área de TI vai ficar cada vez mais complicada e, com certeza, cada vez mais estressante.

Dr. Zambol
--