Essa aconteceu um pouco antes do estouro da bolha da internet em um dos maiores projetos de desenvolvimento de software em Porto Alegre, que rendeu boas histórias. Aos poucos a gente publica elas por aqui, mas vamos aos fatos.
A empresa estava contratando programadores a rodo, sem checar nenhuma referência alguma. A confusão era tamanha que chegavam a demitir em uma semana e contratar a mesma pessoa na semana seguinte. O sujeito que fazia cafezinho em três meses foi promovido à gerente de projeto.
Reza a lenda que um analista foi contratado e sumiu uma semana depois que começou a trabalhar. Bom, com o turnover do jeito que estava ninguém mais esperava o ver cara de volta.
Porém na semana seguinte ele aparece. Em tempos de crise, o projeto pegando fogo, faltando recursos por todo o lado, o gerente nem pergunta o que aconteceu, diz pro cara sentar no micro e continuar o trabalho. Mas na outra semana, de novo, nada do sujeito. Não é que uma semana depois o sacana dá as caras como se nada tivesse acontecido. Mas daí tiveram que perguntar, nem tanto por responsabilidade, mas por curiosidade mesmo.
O cara tinha arrumado um emprego em outra cidade e conseguiu um acordo de trabalho com a outra empresa para trabalhar semana sim semana não. Esqueceu foi de avisar os novos patrões. O pior é que quando disseram pra ele que assim não servia ele perguntou indignado:
“Mas se eu entregar tudo que vocês me pedirem que diferença faz onde eu estou?”
Pois é, faz diferença?
p.s. : Peço desculpas pelo trocadilho infame, foi o que deu pra arranjar.
[]s
Jack Delavega