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Guia Especial - Planejamento de Carreira

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segunda-feira, 31 de março de 2008

Pequenas Criaturas

Edgar, o Delegador:
Edgar era liso. Um verdadeiro bagre, como costumavam chamar os colegas. Descobriu, ainda na escola, o seu talento inato para a fina arte da delegação. Delegava tão bem que raramente tinha alguma coisa o que fazer. Mais do que isso, dispunha de um verdadeiro escudo defletor, uma armadura de Teflon que fazia com que as tarefas fossem imediatamente ricocheteadas para quem quer que estivesse ao seu redor. Não foi à toa que logo virou gerente.
A coisa funcionava mais ou menos assim.
- Edgar, você pode preencher esse formulário para mim? É do pessoal da sua área.
- Hmm, claro que posso, deixa eu ver.
- Ah, mas esse cara está trabalhando com o Arthur agora. E esse outro está de férias. Faz o seguinte, quem sabe você pede pro Arthur preencher, já que tem o pessoal dele, e de quebra ele pode passar o formulário para alguém do meu time que estiver na lista.
Normalmente as vítimas nem percebiam o truque, mas mesmo quem notava pouco podia fazer, na melhor das hipóteses Edgar delegaria para outro desafortunado. Mas mistério mesmo é saber o que ele fazia com o tempo que lhe sobrava. Dizem as más línguas que era dono de uma empresa, de terceirização, é claro.

Laerte, o Inerte:
Depois de mais de quinze anos no mesmo emprego, na mesma posição, Laerte não se abalava com nada. Havia aprendido a sobreviver no ambiente corporativo. As más línguas o chamavam de dinossauro, incapaz de evoluir, mas ele preferia se definir como um sobrevivente. Depois de várias demissões e reorganizações da empresa, ainda estava lá. Não tinham coragem de demiti-lo. É verdade que fazia pouco, mas seu pouco era vital para companhia. Qualquer problema com o sistema antigo era com ele, e sem o sistema antigo a empresa perdia dinheiro. Estavam reféns na mão de Laerte. Bem que tentaram, não uma, mas duas vezes, colocar alguém do lado dele para aprender o trabalho. Mas ele não era bobo. Não só evitou qualquer assistência aos novos colegas, sob a desculpa de que estava muito atarefado para ensinar alguém, como, inclusive, sabotou as tentativas de aprendizado, provendo informações inconsistentes sempre que possível. Ora bolas, não se sobrevive tanto tempo na mesma posição sendo ingênuo.
Naquela tarde específica decidiu não voltar para trabalhar, o almoço não havia lhe caído bem. Mas esses são os privilégios de ser "patrimônio da empresa".

Nestor, o Negador:
Nestor estava em êxtase. Mais uma solicitação negada, acabara de ganhar o dia. Nestor havia se encontrado em seu novo emprego. Era responsável por aprovar e rejeitar as solicitações de compra dos funcionários. Aprovar qualquer um aprova, mas para rejeitar, isso sim, é necessário um verdadeiro talento. O mais divertido é que sua aprovação, como Assistente de Compras, era a última da cadeia. Mesmo depois de Gerentes e Diretores terem aprovado, ele ainda podia negar o pedido. E assim ele ia.
Post-it , negados. Para que se precisa de Post-It nessa empresa, temos papel, por enquanto. Headsets, negados. Graças à deus nascemos com duas mãos, será que as pessoas não podem segurar o telefone com uma, e usar o teclado com a outra? Além do mais, sem headset as ligações provavelmente ficarão mais curtas, economizamos assim em telefone também.
Mesmo quando as solicitações pareciam razoáveis, havia ainda o recurso do processo. A compra deve ser efetuava em um prazo máximo de dois dias depois da aprovação, caso contrário expira. Você colocou o número de série do produto? Sem numero de série vou ter que rejeitar, é o que está escrito na política de compras. Hoje é dia de lua cheia, não aprovamos solicitações nesses dias, dá azar.
Que maravilha de emprego, pensou, antes de carimbar mais uma rejeição, e eles ainda me pagam para isso.

[]s
Jack DelaVega

quarta-feira, 26 de março de 2008

Gerência de Projetos: Segurança do Presidente dos EUA

O filme Ponto de Vista (Advantage Point, em inglês), em cartaz atualmente, relata a tentativa de assassinato ao presidente dos EUA, contando a mesma história sobre diferentes ângulos, montando as peças do quebra-cabeças.

Depois de assistir ao filme, fiquei bastante intrigado. Sabia que casos parecidos já ocorreram, como a morte de Kennedy. Mas achava que com a tecnologia e os cuidados atuais, isso seria muito difícil - quase impraticável. Impossível não, é claro. É só pensar que basta apenas um dos atiradores de elite ser um traidor que tudo vai por água abaixo.

Mas o que mais me impressionou naquele dia foi o que aprendi quando cheguei em casa e fiz uma pesquisa sobre o esquema de segurança montado em cada viagem do presidente. É incrível. Para se ter idéia do que estou falando, deixe-me expor alguns números. A cada viagem do presidente, estamos falando em transportar:
  • 2 jatos 747-200, um jumbo fretado, um helicóptero Sirosky Sea King, um helicótero Black Hawk e duas frotas idênticas de 20 veículos blindados, incluindo a limusine (que possui blindagem de 12cm de espessura - contra granadas anti-tanques).

  • 250 agentes secretos, 150 conselheiros de segurança, 50 ajudantes e políticos da Casa Branca, 15 cães farejadores, 200 representantes de outros departamentos dos EUA, o chef e mais 4 cozinheiros.

  • Tudo o que o presidente usa e toca, como bebidas, comida, gasolina, etc.

A execução também é bastante ousada. Agentes secretos são enviados antes para verificar cada detalhe do itinerário, verificando os riscos e como mitigá-los. O plano de segurança é montado antecipadamente - cada lugar possui detalhes característicos que tornam o plano bastante distinto da viagem anterior. Quando o presidente chega, medidas bastante radicais são exigidas como, por exemplo, fechar um raio de 5 a 20 km do espaço-aéreo por onde o presidente irá passar. Até em jantares oficiais, exige-se que todos passem por uma minuciosa revista, causando alguns incidentes diplomáticos, como o que ocorreu no Chile quando os senadores e suas esposas se negaram a ser revistados e o jantar foi cancelado.

Imagine se o telefone toca agora na sua casa e a Casa Branca é que está do outro lado. Eles estão lhe oferendo, em troca de um excelente salário, que você seja o gerente de projetos responsável pela segurança do presidente dos EUA nas suas próximas viagens. Você iria aceitar?

Não sei quanto a você, mas eu aceitaria. Estou em uma fase de vida em que o desafio vale mais do que tudo. Como estaria sendo contratado como gerente de projetos, sei que não precisaria ser especialista no assunto de segurança nacional. Ainda, sei que teria orçamento para ter ao meu lado os melhores consultores de segurança do mundo. A partir disso, basta usar a regra "dividir para conquistar", que, na minha opinião, resolve praticamente tudo.

E é esse o pensamento que queria deixar com esse post: que a capacidade para gerenciar um projeto grande, seja de informática ou de segurança nacional, depende de como você o divide em partes. E que para aprender a melhor forma de dividir um projeto em diversas partes necessita que você (1) Não tome decisões antes de conhecer seu time e (2) Tenha ouvido os melhores especialistas ao seu alcance sobre alquele assunto.

Ou seja, o que quero falar reflete minha crença no que considero as ações essenciais de um gerente / gerente de projetos quando inicia em um novo time:

1) Ouvir todas as pessoas do seu time direto. Ter reuniões separadas com todos a partir do momento que assume a nova função. Perguntar a todos "O que está errado" e "Onde posso ajudar a melhorar o ambiente e a execução".
2) Ter reuniões periódicas com todo o seu time (direto e indireto) e dizer que está disposto a ouvir quem tenha soluções para melhorar os processos X, Y e Z.
3) Dividir os seus processos em processos gerenciáveis em tamanho. No exemplo da segurança do presidente, poderíamos ter um gerente de projetos para a segurança in-loco do hotel, outro para a segurança dos lugares onde haverá discurso, outro para a segurança aérea e assim por diante. Com uma comunicação ativa entre essas pessoas, o que pode incluir reuniões SCRUM (reuniões de andamento e retirada de obstáculos) diárias com todos os gerentes de projeto, a chance de sucesso aumenta em muito.

Já vi gerentes iniciarem em times e, sem nem conhecer o time ou o trabalho diário, baixarem medidas que mudam todo o fluxo do processo. Para mim, além de falta de inteligência, isso demonstra que o gerente provavelmente não tem capacidade técnica e segurança para ter a humildade de passar a mensagem a todos: tenho que aprender o que está ocorrendo aqui antes de tomar decisões. Mesmo se você conhece muito o domínio, cada organização tem um andamento e regras específicos.

Fazendo os passos acima, tenho certeza que teria uma chance bem grande de sucesso nesse projeto, mesmo que seja gigante como é. O problema é que não sei o que aconteceria comigo em caso de fracasso...

E você, aceitaria o desafio de gerenciar esse projeto?

Dr. Zambol
--

sexta-feira, 21 de março de 2008

Um ano de Tribo, mas ela sempre esteve lá

Passou rápido. Ainda parece mês passado. Me lembro de estar em Porto Alegre, se não me engano na Cachaçaria Água Doce, tomando uma cerveja e comendo uns petiscos. Estavam eu, Dr. Zambol, Jack DelaVega e mais alguns amigos do trabalho. Discutíamos alguns ocorridos recentes, coisas que haviam nos deixado mais uma vez indignados com o tal Corporate Game, a facilidade com que a falsidade e interesses menores se sobressaem em um ambiente de escritório, levando você junto. Se bem me lembro, alguns dias depois, o Jack publicou o primeiro post da Tribo (que naquela época não se chamava assim ainda), nos convidando para fazer parte dessa jornada.

Mas eu não vejo a Tribo nascendo ali. Para mim ela já existia há muito mais tempo. No meu caso ela vem desde a época em que eu ajudava meu pai a preparar as suas palestras sobre mudança organizacional. Quando ele pescava mensagens em discursos de filmes e fazia uma analogia com a vida no escritório, que para ele era uma indissociável extensão da nossa vida pessoal, feliz e infelizmente. A Tribo estava comigo quando comecei no meu primeiro emprego e quando pela primeira vez fiquei indignado com o meu chefe. Tenho certeza que ela estava lá quando ingenuamente eu fui usado em briguinhas menores no escritório, e também quando percebi que as pessoas são usadas no dia-a-dia muito mais facilmente do que eu pensava.

Não tenho como falar pelo meu amigo Dr. Zambol, mas acredito que a Tribo já estava com ele quando alguém duvidou da sua capacidade pela primeira vez, e ele provou que estavam errados. Percebi o espírito da Tribo nele quando trabalhamos sentando lado-a-lado durante poucos meses, num dos períodos mais gratificantes da minha curta vida profissional (nunca eu tive tanta vontade de acordar e ir trabalhar como quando sentava com os “Galáticos”). E tive certeza de que fazíamos parte da mesma Tribo quando ele me deu um dos mais fantásticos feedbacks que já recebi, na frente de um enorme grupo de pessoas em um treinamento de liderança.

Também não poderia falar pelo meu amigo Jack DelaVega, mas imagino que a Tribo também já estivesse com ele há muito tempo atrás. Acredito que a sua trajetória profissional sempre ascendente deve ter sido acompanhada de enormes questionamentos, principalmente para um cara que gosta tanto do que faz. Me lembro claramente de perceber o espírito da Tribo nele quando conversamos pela primeira vez, uma conversa que me fez imediatamente descartar um monte de bobagens que tinha ouvido a respeito dele. Ali estava um cara com quem eu iria aprender. E não demorou muito, acho que aprendemos juntos muitas coisas, como quando vivenciamos um “pequeno” conflito ético no trabalho, ou como quando ele sem pedir nada em troca me ajudou a galgar posições na minha carreira.

A Tribo sempre esteve lá, nós só a traduzimos em palavras. Ela está com cada um de vocês que se angustia, se frustra, ri, chora, tem vontade de xingar o chefe e bater um papo com o colega. Estará sempre com quem percebe que o trabalho é realmente uma extensão indissociável da nossa vida. Com quem escolhe fazer a coisa certa. Com quem nunca desiste de seus sonhos. Com quem não perde a capacidade de indignação. Com quem é honesto, ético, com quem trabalha duro. Com quem acima de tudo é apaixonado pelo que faz.

Espero que nesse primeiro ano o seu trabalho tenha lhe dado mais alegrias do que normalmente, mesmo que tenha sido apenas quando você leu o post da Tribo. Estaremos por aqui por mais algum tempo, trabalhando para que isso aconteça.

Abraços,
Reggie, the Engineer.
--

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sonhos: Nossa Motivação Diária

Pessoal:
O texto a seguir foi o mais votado no nosso site de Textos de leitores. Para quem não conhece o Você Faz a Tribo é um site que publica diretamente os textos enviados pelos leitores. As instruções para publicação podem ser encontradas aqui. Aproveitamos para agradecer ao Zord6, autor do texto a seguir, e a India Potira que também enviou uma história muito legal que pode ser conferida no Você. Mas vamos ao texto, boa leitura.


“Cada um tem seus próprios sonhos e deve ir atrás deles. Boa sorte!” ... Essa foi a última frase que Pedro escutou da gerente no seu último dia de trabalho como funcionário público da empresa Delta. Ele havia trabalhado em diversas áreas daquela empresa, conhecia a todos e era respeitado como um excelente técnico e uma pessoa de bom senso, afinal, foram 8 anos no mesmo lugar, convivendo praticamente com as mesmas pessoas todos os dias. Mas havia acabado! Pedro cansara de politicagem e pedira demissão para ir atrás de seus sonhos.
Pedro era um apaixonado. Sim, um apaixonado por trabalhar naquela empresa. Tinha estabilidade. Foi seu primeiro emprego de verdade, ele entrou jovem, um lugar onde aprendeu muito e ganhou experiência para se desenvolver em várias áreas. Uma empresa que, na sua visão simplista, tinha tudo (ou quase tudo...logo explico) para ser referência nacional em TI na área pública. Trabalhava com pessoas que, mesmo “ganhando bem”, suavam a camiseta e viravam noites para manter a aquela massaroca funcionando. No entanto, a empresa Delta era uma grande repartição pública com ‘donos’ temporários. A cada nova eleição todo o quadro de gestores (diretores, gerentes e chefes) era renovado, ou seja, de 4 em 4 anos a empresa perdia totalmente a sua direção estratégica e voltava a navegar sem rumo por mais 1 ano. Isso amargurava Pedro, pois a falta de direção da empresa afetava diretamente sua carreira.
Ao longo dos últimos 4 anos, a empresa Delta teve graves abalos devido aos reflexos das finanças do seu governo: cortes de aumento, cortes de promoções, sucateamento de infra-estrutura, licitações direcionadas, etc. Pedro se perguntava diariamente se todas as empresas de TI públicas seriam assim! Ele estava cansando! Queria trabalhar trabalhar e trabalhar! Sim, mas em algum lugar que pudesse construir uma carreira e obter todos os benefícios justos por isso.
É, Pedro estava muito cansado.


...continua em

[s] Zord6

Zord6: formado em Ciência da Computação pela PUCRS e com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Têm se dedicado a difundir as boas práticas do Gerenciamento de Projetos através de cursos para empresas. Trabalhou por muitos anos como gerente de projetos de IT do governo e, atualmente, trabalha para uma grande empresa no sul do Brasil.

quarta-feira, 19 de março de 2008

E Um Ano Depois...

Tudo começou com um simples e-mail do Jack, convidando eu e o Reggie para iniciar um blog com assuntos diversos, entre eles gerenciamento, feedback e motivação, entre outros.

Depois de uns 10 e-mails, ainda estávamos em dúvida do processo a ser seguido: cada um iria postar na hora que desse na telha ou iríamos seguir uma ordem? Eu era a favor da ordem, o Jack era mais a favor da anarquia. Com o tempo, as dúvidas foram se resolvendo naturalmente.

Um ano depois e estamos aqui, com mais de 50 posts de cada autor somente no Blog principal, e um conglomerado de Blogs:

  • Página Principal: você encontra os posts da Tribo do Mouse, que fala sobre o dia-a-dia do escritório, levantando questões para o seu desenvolvimento pessoal e atualização.

  • Opinião da Tribo: atualizações essenciais sobre produtos, lançamentos, sites, ferramentas de desenvolvimento pessoal, etc.

  • Bastidores da Tribo: nossas dificuldades e peripércias que enfrentamos até ganharmos nosso primeiro milhão de dólares com nosso blog (sim, continue lendo que um dia chegaremos lá).

  • Tribo Recomenda: revisões de livros que consideramos essenciais para quem quer se desenvolver profissionalmente.

  • Você Faz a Tribo: textos enviados pelos próprios leitores. A cada semana, o melhor texto da semana é publicado na nossa página principal (o primeiro sairá amanhã).


O que torna a Tribo do Mouse tão empolgante para nós é que continuamos com dúvidas: como atrair mais público, como tornar nosso material mais interessante, como divulgar nosso trabalho, etc. E quanto mais dúvidas temos, mais desafios pessoais criamos para resolvê-los. E a solução que criamos nos traz muitas vezes mais problemas a serem tratados, o que nos retro-alimenta com mais dúvidas. É esse ciclo que nos motiva a procurar melhorias diariamente.

Gostaria de terminar essa homenagem ao primeiro ano da Tribo, que tenho orgulho de dizer que compartilhei com pessoas tão inteligentes como o Jack e o Reggie, e com um público bastante atualizado e elitizado, a ver pelos comentários e textos de Você Faz a Tribo, com um apelo para que você tente encontrar sua motivação diária, como encontramos, em parte, com a Tribo.

Se a motivação não está em seu emprego atual, procure analisar diferentes opções que o mercado lhe propõe. Pode ser a hora de trocar de emprego. No mínimo, você precisa constantemente pensar no que vai fazer quando sair da sua atual empresa. Você está pronto para outro cargo? Jack aborda o assunto muito diretamente no post Você S.A. Quem sabe não é a hora de você solidificar os conhecimentos que possui e se aventurar em algum empreendimento, como bem destacou Reggie em seu post Empreendendo na Nova Economia?

Enquanto você não encontrar o seu sentido pessoal de sucesso, vai continuar sem um plano de carreira. E aprendi ainda no início da nossa jornada aqui na Tribo, com meu grande amigo Reggie, que não importa quanto tempo ficamos nos empregos/funções. Devemos, sim, encarar os empregos ou posições pelas quais passamos ao longo de nossa carreira como projetos, com início, meio e fim e um objetivo bem claro. Enquanto não tivermos consciência disso, ficaremos correndo atrás do próprio rabo.

Dr. Zambol
--

segunda-feira, 17 de março de 2008

Primeiras Impressões

Pessoal:
Esse post dá início as comemorações do primeiro ano da Tribo do Mouse. Pois é, já faz um ano que a gente começou o blog. Aproveito para agradecer a todos os nossos leitores, aos que estão com a gente desde o começo e aqueles que chegaram faz pouco. A Tribo está muito contente com as coisas que aconteceram durante esse primeiro ano, mas tenho certeza que ainda tem muita coisa boa por vir. Também peço desculpas, de antemão, por uma eventual nostalgia ou sentimentalismo durante essa semana, mas bom, é nosso aniversário né, vocês entendem. E vamos ao Post, que hoje fala de primeiras impressões.

Dava para ver na cara do sujeito que ele estava nervoso.
Entrevista em uma grande empresa, queria fazer uma boa impressão, e sabia que tinha apenas uma chance para isso.
Usava gravata. Acho que foi uma das poucas vezes que o vi com gravata. Se bem me lembro foi aquele dia, e o dia do casamento de um colega anos depois.
Ele falava bastante, talvez para esconder o nervosismo, mas foi fácil perceber que não era um sujeito normal. Foi fácil de notar que era alguém acima da média.
Mas a pergunta que eu tinha que me fazer é: Ele é o cara certo para a posição?
A maioria dos gerentes tem medo de contratar pessoas melhores que eles. Não estou generalizando, é fato.
Um padrão típico em empresas é que pessoas do tipo A contratam normalmente pessoas do tipo B, para não se sentirem ameaçadas. Pessoas do tipo B por sua vez contratam pessoas do tipo C, e assim por diante. Nunca me considerei uma pessoa do tipo A, mas ele era nitidamente alguém assim.
Ele passou na entrevista brincando e eu tive coragem para contratá-lo.

O cara era tímido, tinha tatuagens e cavanhaque. A primeira coisa que se passou na minha cabeça foi: Quem diabos usa cavanhaque nos dias de hoje?
Mas será que todos os caras de TI não são assim? Eu, por exemplo, sou tímido pra caramba, só que finjo bem. Quanto as tatuagens, eu normalmente não teria reparado, não fosse o comentário do meu chefe alguns dias antes.
- Ele é um cara bem quieto, que tem umas tatuagens e usa uns anéis estranhos. Mas tenho certeza que tu vai gostar dele.
Ele estava certo, pelo menos em relação a segunda parte.
Nesse caso em particular não era uma contratação, porque o cara estava sendo transferido de uma outra área. Ou seja, eu não tinha a opção de recusá-lo.
Ao contrário do sujeito descrito acima, esse aqui não mostrava no primeiro momento a que veio. Parecia ser um sujeito inteligente, parecia entender do que falava, mas mais do que tudo, parecia não demonstrar o quanto sabia. Não demorou muito para eu descobrir que ele era sim, muito mais do que aparentava.

Três anos depois nascia a Tribo do Mouse. O resto é história.
[]s
Jack DelaVega

segunda-feira, 10 de março de 2008

Você S.A.

Júlio estava na frente do seu novo chefe, e não sabia o que pensar. Era seu sexto chefe em um período de dezoito meses. Durante esse tempo foi de chefes bons para chefes razoáveis, para chefes medíocres mas bem-intencionados, para competentes porém mal-intencionados. Faltava apenas um chefe medíocre e mal-intencionado no seu álbum de figurinhas corporativas. Depois de tudo isso não sabia mais em que acreditar, em quem acreditar. Quando olhava no espelho era fácil identificar os cabelos grisalhos próximos a têmpora. Gostava de brincar com sua esposa dizendo que isso era culpa dela, mas no fundo sabia que o último ano de trabalho havia sido o principal responsável. Os eventos do último ano o haviam transformado e causado feridas profissionais talvez profundas demais para serem superadas. Ainda que possuísse uma atitude positiva perante a vida, encarando mesmo as fases difíceis como experiências valiosas, duas coisas o marcaram demais nesse período.

Havia deixado de acreditar. Logo ele que sempre se considerou um believer, alguém que tende a acreditar no melhor das pessoas e instituições. Precisava acreditar no que estava fazendo, na sua empresa, no seu chefe. Essa era uma das forças que o movia para frente. E, pior ainda, havia deixado de se importar. Isso é fatal para qualquer um que se diz, para usar um termo da moda do RH, Colaborador de qualquer empresa. A indiferença é o pior dos sentimentos que se pode ter por algo ou alguém. Deixar de se importar é como deixar de sentir, é ver coisas erradas acontecendo ao seu lado e não esboçar reação.

Mas no fundo, bem no fundo, a sua natureza ainda persistia. A natureza de conceder o benefício da dúvida, e, apesar de tudo que viveu e sofreu, acreditar que o futuro podia ser diferente. Foi com essa perspectiva que encarou sua primeira reunião com o novo Diretor. De peito aberto, a despeito do passado. O fato do Diretor ser um técnico como Júlio certamente contribuía para o novo cenário, não que isso fosse um cheque em branco de competência, mas pelo menos acreditava que os técnicos que já haviam sofrido as dores do time eram mais capacitados a entender e ajudar.

A conversa transcorreu tranquila, até que começaram a falar de carreira. Foi então que o chefe disparou.
- Você já pensou no que quer fazer quando sair da nossa empresa?
- Como assim?
- Não me entenda mal. Não estou mandando você embora, mas falando abertamente, somos profissionais de mercado. A nossa empresa nos trata como um negócio. Enquanto estamos dando lucro somos bem vistos. Mas no momento que deixarmos de ser produtivos, nos tornamos peças substituíveis. Isso vale para qualquer um de nós. Nossa carreira deve ser encarada exatamente da mesma maneira, sem relação afetiva com a empresa.
- Não sei se entendi exatamente onde você quer chegar. - Respondeu Júlio.
- Meu ponto é que quero que você fique trabalhando com a gente enquanto a relação for lucrativa para você também. Nossa carreira tem que ser gerenciada como uma empresa. Enquanto o seu emprego atual estiver lhe dando "lucro", vale a pena ficar, caso contrário é hora de ir adiante. E veja bem, lucro não é apenas salário. Lucro é reconhecimento, potencial de crescimento, um ambiente saudável para se trabalhar. Tudo isso faz parte do pacote.
- Entendo, mas o que isso tem a ver com deixar a empresa?
- Uma das minhas funções é ajudar meu time a se desenvolver e ajuda bastante se eu souber onde eles querem chegar. Mesmo que seja fora daqui. Quero manter o meu time assim, jogando limpo.

Júlio saiu da reunião melhor do que entrou. Podia até ser demagogia, mas gostou do que ouviu e valorizou a franqueza do novo chefe. Talvez ainda pudesse acreditar, quem sabe as feridas não eram tão profundas assim.

[]s
Jack DelaVega

sexta-feira, 7 de março de 2008

Empreendendo na Nova Economia

Tenho que confessar uma coisa pessoal para vocês aqui: nunca me senti tão bem, profissionalmente falando, quanto agora. Mas isso não está absolutamente relacionado com o meu emprego normal, aquele das 30 e poucas horas semanais, escritório, etc. As coisas vão bem lá também, não posso reclamar de nada. Mas o que tem me dado tesão e tem me feito trabalhar com afinco por horas a fio sem ver o tempo passar, na realidade, é essa nossa aventura da Tribo.

Eu sempre acreditei que empreender tende a trazer mais satisfação do que trabalhar subordinado a alguém / alguma organização. Acredito que a questão financeira não é tudo na vida (nem perto disso), mas sempre percebi muitos amigos e parentes preferindo a “segurança” de uma carreira em uma grande empresa do que o “risco” de um empreendimento próprio. Particularmente eu não acredito muito na tal “segurança”, principalmente depois de ler O Mundo é Plano. E por outro lado, sempre fui muito adepto do risco (embora eu tenha descoberto isso tardiamente em um treinamento de liderança no qual saltei velozmente sobre obstáculos com os olhos vendados – o Dr. Zambol vai se lembrar disso).

Enfim, essa discussão emprego x empreendimento pode ir bem longe e não é o foco aqui. Quero me concentrar em uma questão que só me ocorreu alguns meses atrás: ter um blog, fazer o que estamos fazendo aqui na Tribo, é empreender de certa forma. Não estou falando de monetização, banners, AdSense, nem nada disso. Não estou discutindo no nível do modelo de negócio, e se ele dá lucro ou não. Estou falando do tipo de postura e do tipo de atividade que um blogueiro tem, e como isso se assemelha muito com tocar o próprio negócio. Confesso que apenas há uns 6 meses atrás caiu a ficha para mim. E, voltando ao O Mundo é Plano, finalmente entendi o que o Thomas Friedman quer dizer com “In-forming”, ou seja, como a nova economia propicia com que as pessoas possam administrar a sua “cadeia de suprimentos pessoal”.

Imagine uma pessoa qualquer, com uma vida profissional e pessoal interessante. Imagine essa pessoa iniciando um blog no qual ela apenas publica pensamentos, coisas que acontecem no seu dia-a-dia, etc. Nada demais. Para você, isso é empreender? Para mim é. Estou cada vez mais convencido de que, mesmo que essa pessoa não se dê conta, ela está empreendendo. Ora, ela está provendo um produto: conteúdo. Outras pessoas estão consumindo essa produção e provendo feedback (aliás em maior quantidade do que na maior parte dos negócios tradicionais). No final, temos um contexto que envolve planejamento, design, produção, marketing, distribuição, suporte e melhoria contínua. Ora, isso cobre boa parte do que está envolvido no dia-a-dia de um “real” pequeno negócio.

Alguem dirá: sim, mas e o dinheiro? E o modelo de negócio? Calma, sejamos mais flexíveis aqui. Vamos nos permitir ser mais irresponsáveis nesse caso. A questão é que o modelo de negócio não existe. E portanto não existe dinheiro. Ainda. Mas isso não invalida em nada o que falei até então. Para provar, vou citar uma conferência ocorrida poucos dias atrás. Algumas figuras importantes do cenário empreendedor do Vale do Silício estavam reunidas em um debate, quando alguém perguntou a eles: “E o modelo de negócio? Quando vocês comecarão a ganhar dinheiro?”. A resposta foi um sonoro: “Não temos idéia, ainda”. O ponto deles é que atualmente as empresas da nova economia (Web 2.0 ou como você quiser chamar) estão focadas em soluções que gerem grandes volumes de acessos, colaboração e geração de conteúdo. A partir daí naturalmente novas ferramentas surgirão e eventualmente modelos de negócio serão criados. Eles foram claros: quem focar demasiadamente em modelo de negócio agora vai falhar. Juntos, esses “malucos” já reúnem centenas de milhões de dólares em investimento de risco. Apenas para “tentar” descobrir esses modelos de negócio em alguns anos.

Enfim, eu estou imensamente satisfeito por fazer parte dessa revolução. Para mim, é como se eu estivesse tocando o meu negócio. Tenho que planejar o design e o marketing dos meus produtos, penso constantemente em como melhorar a qualidade do que produzo, avalio cuidadosamente o feedback dos meus “clientes”, etc. Agradeço muito ao Jack e ao Zambol por me permitirem fazer parte dessa brincadeira. Eles como “sócios” são infinitamente melhores do que meus chefes.

Empreenda você também. Agora que você pode fazer a Tribo, vire sócio desse empreendimento. Eu lhe asseguro que a satisfação pessoal será grande.

Reggie, the Engineer
--

Leia mais:

quinta-feira, 6 de março de 2008

Você também faz a Tribo!

Atendemos o clamor das massas.

É isso mesmo que você está pensando. A partir de hoje, você também pode fazer a Tribo. Estamos abrindo uma área no blog que será totalmente alimentada por histórias enviadas por leitores. Ela se chamará

Você Faz a Tribo

e você poderá enviar aquelas histórias bizarras ou engraçadas que aconteceram no seu escritório. Temos certeza que você tem muito a contribuir conosco, então pode ir preparando o seu teclado, a palavra da vez é compartilhar. Assim como nós, certamente você já enfrentou situações embaraçosas, constrangedoras, emocionantes e memoráveis no seu trabalho. Queremos saber a respeito de todas elas.

Se você não se motivou ainda, tem mais. Semanalmente, estaremos publicando aqui na Tribo o texto mais bem votado durante a semana anterior. Também estaremos distribuindo prêmios aos leitores que ocuparem o topo do ranking de contribuições.

Confira como contribuir com a Tribo e junte-se a nós. Desabafar em público faz bem à vida no escritório.

Abraços da Tribo do Mouse
Jack, Reggie e Zambol

quarta-feira, 5 de março de 2008

O Mundo Quase de Graça

Ontem, no nosso site de Opinião, publiquei um breve texto recomendando a leitura do novo artigo de Chris Anderson, o autor de A Cauda Longa. Nesse post, abordarei o tema de uma forma mais prática. Mas já vou dizendo: a leitura do artigo de Anderson é indispensável!

Antes de entrar no post em si, deixe-me dar uma breve explicação sobre essa nova iniciativa. Para quem não conhece, é em opiniao.tribodomouse.com.br que estaremos colocando diversas novidades, artigos, dicas e outros textos de atualização e leitura para você. Diferente da Tribo do Mouse, ele não terá regra de publicação. Pode haver 20 posts em um único dia. Tudo vai depender das novidades do mercado. Ainda estamos esquentando os motores, mas acreditamos ter material suficiente para transformá-lo num dos melhores sites do gênero do país, principalmente para aqueles que gostam de informática. Assine o site da Opinião Tribo aqui e não perca nenhuma novidade!

Bom, mas vamos voltar ao post - e vamos iniciar com a historinha...

Joãozinho decide abrir uma empresa. Infelizmente, ele não tem muito dinheiro, só idéias. A primeira coisa que ele precisa é de um domínio. Com um desembolso de 10 dólares ele sai com seu domínio "www.joaozinhoApps.com" registrado. Se quisesse um ".info", ele conseguiria por 3 dólares na GoDaddy.

Agora Joãozinho precisa criar a página principal de sua empresa.

Com o Google Sites, de graça, ele tem uma infraestrutura que armazena até 10Gb em documentos e páginas e, de lambuja, consegue criar a Intranet da empresa também, onde poderá compartilhar documentos, vídeos e outras coisas com seus futuros empregados.

Joãozinho contrata seu gerente de desenvolvimento, o Pedrinho, e um desenvolvedor Java, o Roberto. Ele precisa de um e-mail para eles, o que consegue sem nenhum custo usando o Google Apps. Com essa simples "aquisição" ele ganha:
  • Contas de e-mail para seus 2 novos funcionários e para todos os outros novos que vierem. As contas são todas nome@joaozinhoapps.com, que torna visual bem profissional, e possuem 25Gb de armazenamento.
  • Word, Excel e PowerPoint on-line, com controle de versão para compartilhar com todos os seus funcionários.

  • Chat para comunicar com qualquer pessoa.

  • Um calendário estilo "Outlook", on-line, para agendar reuniões e outras tarefas. Os avisos podem ser enviados via SMS.

Desembolso até o momento (fora funcionários): 10 dólares.

Mas o problema ainda está por vir. Joãozinho precisa agora desenvolver seu produto: um aplicativo Windows para gerenciamento de despesas. "Sei que posso bater o Money da Microsoft com um bom produto e um bom marketing", pensa ele sempre.

Em uma reunião, Pedrinho, seu novo gerente, fala sobre oDesk. oDesk é um site de outsourcing. Programadores do mundo inteiro se cadastram lá e cobram por hora trabalhada. Compradores podem submeter projetos e contratar o serviço das pessoas. oDesk é tão bom que a hora trabalhada é a hora trabalhada mesmo. Para que um programador se cadastre lá, ele precisa instalar uma Webcam e ter o software da oDesk instalado em seu computador local, que tira um snapshop da tela e uma foto da Webcam de tempos em tempos. Se o programador for no banheiro, ele precisa parar o relógio. Isso faz com que as horas pagas sejam realmente horas trabalhadas.

Joãozinho acha muito boa idéia, mas ainda acha 20 dólares a hora um pouco caro, já que prevê em torno de duas mil horas de programação. É aí que Roberto, fala para ele:

- Eu estou cadastrado lá, pois preciso de dinheiro extra e trabalho no oDesk à noite. No início, mantive meu preço lá como US$0,01/hora. Como a única forma de ser escolhido em projetos grandes e que pagam bem é a gente já ter várias horas trabalhadas, tem muita gente boa que faz isso para aumentar o seu escore. Porque não tenta montar um time só com essas pessoas?

Joãozinho então faz uma busca no oDesk e encontra 165 profissinais cobrando menos do que 1 dólar a hora - sendo que a grande maioria dos 165 não cobra nada.

- Mas é muito arriscado, pode dar problema, não sabemos quem eles são, lembra Joãozinho.
- Então contrata diversos testers de graça também...

Convencido, Joãozinho faz isso. Demite Pedrinho, seu recém-contratado gerente e contrata, pelo oDesk, um gerente de projetos bastante experiente, por 30 dólares a hora. Cabe ao gerente de projetos contratar o time no oDesk (com o preço especificado) e lhe entregar o produto funcionando.

Algum tempo depois, pagando apenas 4 mil dólares para seu gerente de projeto (Dev e Teste saíram de graça), o produto está pronto.

Joãozinho então coloca o produto no mercado e as vendas começam a acontecer. Logo, ele percebe que precisa de uma ferramenta de CRM. Roberto lhe chama a atenção:

- O Zoho pode resolver o seu problema, de graça!

Quando Joãozinho se cadastra no site, fica abismado: não só tem uma ferramente de CRM pronta para ele usar, como também pode utilizar banco de dados, Wiki, Web Conferencing e Project, tudo de graça. Demite Roberto e implementa ele mesmo a solução.

Poderia passar mais um bom tempo aqui falando das peripércias de Joãozinho gerenciando sua empresa quase de graça (como podutos para analisar a concorrência [como o Alexa ou o Quantcast] e muitos outros). É incrível o que conseguimos fazer hoje sem pagar nada - ou quase nada.

Você pode estar se perguntando: "De onde essas empresas ganham dinheiro?". A idéia por trás de tudo isso é a mesma: dar alguma coisa de graça para conseguir (1) ter publicidade, (2) vender outro serviço ou produto, (3) ganhar dinheiro quando o usuário precisar fazer upgrade da versão básica (vemos isso bastante na abordagem do Google) ou (4) vender consultorias em cima dos produtos.

O senhor Gillete já fazia isso há mais de cem anos atrás: às vezes dava de graça ou vendia a preços baixíssimos os barbeadores para gerar demanda para a reposição de lâminas. Um exemplo moderno da Gillete são as impressoras de jato de tinta, que são vendidas abaixo do custo para que se ganhe dinheiro na reposição do cartucho. A HP é líder nessa tática, possuindo às vezes menos de 3ml de tinta no cartucho (cartuchos antigos da empresa possuíam 40ml) e vendendo-os mais caros que os cartuchos com mais de 10ml da Canon (uma das marcas que menos usa essa técnica).

A banda Calypso usa uma forma modificada dessa "metodologia": imprime CDs oficiais e dá a diversos camelôs, por onde quer que passem. A única coisa que pedem em troca (já como os camelôs não pagam nada e ficam com todo o lucro) é oferecer seu CD antes e deixá-lo bem à mostra. O resultado é que a banda ficou famosa - muito famosa. A renda da banda é concentrada em shows e o público, como se poderia esperar, é enorme. Boa parte conhece a banda através do CD oficial que compraram do camelô a um preço baixíssimo.

Só com a renda dos shows, que são um sucesso devido ao grande público que sempre pede a sua volta, já compraram um avião para facilitar as idas e vindas.

Estamos num mundo novo. O modelo de negócio de CD comprado na loja já está falido. Talvez até o de venda na Internet já esteja também. É necessário ser criativo e ver como pode-se atrair o grande público. E a solução de "dar algo de graça" está se tornando 0 novo padrão de marketing, principalmente no mundo on-line.

Não se preocupe. Nós, da Tribo, logo estaremos dando canecas, camisetas e outros brindes para você. Continue acompanhando, pois queremos entrar, e com força, nesse novo mercado.

Dr. Zambol
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terça-feira, 4 de março de 2008

Votação do Slogan da Tribo

Pessoal:

Encerra-se na próxima Sexta-Feira a votação para o Slogan da Tribo. Se você ainda não votou, acesse a Tribo e vote no canto superior direito, ou vote direto aqui.
Contamos com você para a escolha da melhor frase, depois não reclame se o nosso Slogan ficar:

"A Tribo do Mouse é legal".

Abraços da Tribo (Jack, Reggie e Zambol)

sábado, 1 de março de 2008

Tribo do Mouse no Celular!

Agora a Tribo do Mouse está mais perto de você. A partir de hoje, você pode acessar a tribo do mouse de qualquer celular. Verificaremos qual o tipo de mobile browser que você possui e apresentaremos uma página especial para o seu aparelho. Se você possui um iPhone, por exemplo, temos um layout mais funcional do que se você acessar de um telefone usando plataforma Java comum.



O acesso é simples. Do seu celular, digite http://tribodomouse.mofuse.mobi/




Agora você não tem mais desculpas. Do aeroporto ou enquanto espera a sua mulher experimentar aquele vestido, acesse o endereço acima e leia as novidades da Tribo.





Boa Leitura!

Dr. Zambol
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