sexta-feira, 11 de abril de 2008

Como identificar e afastar as falsas amizades no trabalho

Uma das coisas ruins de se usar um pseudônimo é que na hora de fazer uma crítica você pode perder a razão por não estar colocando a cara para bater. Já me envolvi em um pequeno problema por causa disso no passado, mas fazer o quê. Não tenho alternativa. Aqui vou eu de novo, para desespero dos meus colegas Jack e Zambol.

Lá estava eu lendo as minhas notícias matinais. Dessa vez o feed era do portal Administradores.com.br, que por sinal acredito ser um bom agregador de notícias e artigos da área. O título do artigo me chamou a atenção e então cliquei para ler a íntegra: Como identificar e afastar as falsas amizades no trabalho. "Isso interessa à Tribo", pensei. Nossa, que decepção. O portal Administradores.com.br não tem nada a ver com isso, afinal eles apenas agregam notícias (nesse caso, originada por um artigo da InfoMoney). Mas vale à pena ler o artigo, de tão vazio e superficial que ele é.

Um pouco irritado pelo tempo que perdi lendo aquela porcaria, fui atrás dos tais "especialistas da área", esperando concluir que aquilo não passava de um artigo pobre de uma jornalista iniciante. Mas não sei não, acabei por me convencer mais uma vez que os nossos ditos "especialistas" (psicólogos, consultores de RH, etc) estão mais por fora do que cotovelo de caminhoneiro. Provavelmente falam de coisas que nunca experimentaram na prática, ou provavelmente estão há muito tempo apenas falando, ao invés de vivenciar.

Senão vejamos algumas "dicas":

Segundo o professor José Antônio Rosa, consultor de RH

- "É possível identificá-la [a falsa amizade] pela fala. Tóxicas, que trazem veneno, escorregadias e com bajulação barata. E, ainda, pelo que o corpo indica: o olhar de inveja ou a testa enrugada pela presença do outro. Tudo isso é perceptível, mas a pessoas precisam aguçar a intuição." - Puxa, obrigado pela dica!!! Atenção, muita atenção a testas enrugadas!!!

- "A falsa amizade pode ser notada pelo comportamento, como alguém que jura amizade, mas prejudica de maneira consciente ou inconsciente o próximo." - Putz, eu já passei por diversas situações de falsidade no trabalho, mas nunca ninguém me "jurou amizade"... fala sério.

Segundo o psicólogo Alexandre Bez

- "O tom de pele de um amigo invejoso tende a ser mais para a cor amarelada, pois conforme estudos realizados, a pessoa invejosa não controla sua produção de bile. Essa dica não vale para pessoas de origem oriental." - Humm, não sei se entendi muito bem essa. Caro psicólogo, então pessoas orientais não podem ser amigos invejosos? E pessoas da raça negra? E se o cara pegar uma hepatite, pode desenvolver uma inveja temporária? Fazia tempo eu não escutava uma estupidez tão grande...

- "O corpo fala - verifique se 'o amigo' se aproximou de você depois que comprou algo, como um carro, por exemplo." - Ok, deixa eu ver se entendi essa também. O 'corpo fala' nesse caso é a aproximação física do corpo do 'amigo'? Eu li o tal livro "O Corpo Fala" (por sinal muito bom) e não me lembro dessa parte da relação com o carro... Corpo, carro, corpo, carro... OK, desisto, não entendi mesmo.

Enfim, eu não tenho nem a metade da experiência que esses especialistas têm (ou pelo menos afirmam ter), nem mesmo a idade deles (e portanto a vivência). Mas uma das coisas que nos faz manter a Tribo é a certeza de que temos que começar a tratar desses assuntos com mais seriedade e profundidade. Em plena era do trabalho intelectual, não podemos continuar tratando as pessoas como antigamente (como idiotas). Talvez estejamos precisando de novos "especialistas". Talvez não. Veremos.

Fica aqui aberto o canal caso as pessoas citadas queiram se manifestar.

Reggie, the Engineer.
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Fontes usadas nesse post:
- Artigo da InfoMoney
- Artigo no Portal da Psique, RH, Liderança e Motivação