quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ágil Sim, Frágil Não

É incrível a confusão que a palavra “Ágil” causa em software.
Já ouvi as mais diversas baboseiras. Lembro-me até hoje de uma palestra em que eu estava falando sobre relatórios ágeis, muitos deles usados no SCRUM, e ouvi um comentário de uma pessoa dizendo que eu não estava sendo realmente ágil, pois ágil mesmo não tinha nada disso – nem relatório, nem processo. No momento quase vomitei. Dentro de mim o chamei de acéfalo e de animal. Contei até três e então disse:

- Boa pergunta. Mas não confunda bagunça generalizada com ser ágil. Você e principalmente seu Sponsor têm que saber onde está o projeto e a quantas anda. E para isso precisamos de relatórios e de processo. Ser ágil significa fazer coisas de forma iterativa, dando mais importância às pessoas do que aos processos, entre outras coisas.

E se dissesse a vocês que já ouvi um comentário de um dono de empresa dizendo que seguiam Extreme Programing só porque não tinham método nenhum. É...às vezes é difícil falar sobre o assunto.

E é por isso que nesse Post destaco a importância de começarmos a falar sobre o assunto. Opa, não só falar no assunto, mas implantar algumas técnicas.

Pode-se começar com algo simples, como uma Stand-Up Meeting diária, onde o foco principal são os obstáculos de cada desenvolvedor. Ou, então, começar a trocar alguns relatórios (tenho certeza que alguns deles devem ser inúteis) por um diagrama de Burn-Down, tanto de feature como de horas. Quem sabe então começar pendurando os princípios ágeis (http://agilemanifesto.org/) e dando poder de decisão para todos da equipe? Ou ainda, se você é gerente, sugerir fazer um curso de Lean ou de FDD quando um funcionário lhe pedir um curso de PMI (aliás, me certifiquei como PMP esses tempos só para ver que não funciona muito bem para software).

Onde começar depende em que ponto a sua organização está, e está longe do escopo deste Post discutir isso.

Mas lembre-se: se você não for o agente de mudança, você é co-responsável pelo banco de relatórios inúteis, falta de controle no projeto e falta de empowerment de sua equipe.

Dr. Zambol.
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