Final de ano chegando, tempo para olhar para trás, fazer o balanço e planejar (ou pelo menos 'desejar') as coisas para 2009. Deixo abaixo então para os líderes (ou candidatos a líderes) entre nossos leitores, algumas sugestões de desejos para o ano que está chegando.
- Desejo que em 2009 eu possa manter a calma quandos todos ao meu redor já a tiverem perdido.
- Que no próximo ano eu consiga continuar acreditando em mim e na minha equipe quando todos os outros duvidarem.
- Desejo que eu possa continuar sonhando e contaminando minha equipe com meus sonhos, e ainda assim não me tornar apenas um sonhador.
- Que eu possa tratar o sucesso e o fracasso de meus projetos com a mesma tranquilidade, sem deslumbramento ou desespero.
- Que em 2009 eu, como líder, tenha força para, ao ver tudo o que acredito pisoteado e contestado, mobilizar mundos e ter força para colocar tudo no lugar novamente.
- Que eu não me apegue às vitórias do passado, e ao invés disso continue arriscando sempre em busca do melhor.
- Desejo que eu consiga motivar a minha equipe de maneira a persistir sempre, mesmo quando toda a esperança tiver se perdido.
- Que em 2009 eu possa almoçar com meus comandados e tratar eles como iguais. Que eu possa conviver com meus superiores e não perder a humildade.
- Que eu possa olhar para trás no final do ano, e concluir que aqueles 365 dias foram plenos, e que eu consiga dizer 'Valeu à pena!'.
Para quem conhece o grande escritor britânico Rudyard Kipling, os desejos acima certamente soam familiares. O poema 'If' ('Se'), de sua autoria, é um dos mais famosos da língua inglesa, e certamente um dos meus preferidos. Tomei a liberdade de adaptar o poema ao nosso contexto. Espero que tenha sido útil.
Reggie, the Engineer.
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Versão original (em inglês) do poema 'If', de Rudyard Kipling.
Uma das versões em português do poema acima, disponível na Web:
Se és capaz de manter a calma quando
Toda a gente ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De acreditares em ti quando todos duvidam
E para esses no entanto encontrares uma desculpa;
Se és capaz de esperares sem desesperares,
Ou enganado, não mentires ao mentiroso,
Ou sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não pareceres bom demais ou pretensioso;
Se és capaz de pensares, sem que a isso só te atires;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratares da mesma forma esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de veres mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas por que deste a vida estraçalhadas,
E refazê-las com o bem ainda pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única jogada,
Tudo quanto ganhaste na tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, voltares ao ponto de partida;
De forçares o coração, nervos, músculo, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: ”Persiste”,
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perderes a naturalidade,
E, de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo que existe no mundo
E o que mais – tu serás um homem, ó meu filho!