quarta-feira, 28 de março de 2007

Inepto

Tá bom, o cara era ruim. Não, ele era muito ruim.

A gente estava em período de avaliação e com certeza ele iria para o “paredão”. Ele havia sido transferido para o meu time recentemente, e do pouco que eu conhecia dele, parecia um cara legal. Mas bom, legal não ganha jogo. Fazer o que?

O feedback de que estava trabalhando com ele foi ruim à beça, para não dizer coisa pior. Por outro lado eu não tinha feito meu “tema de casa” e detectado o problema antes. Pior, não era uma daquelas coisas que a gente consegue resolver.
Não era falta de treinamento ou algum comportamento inadequado que pudesse ser facilmente corrigido. Era falta de aptidão, ele simplesmente não dava pra coisa (Me lembrem de discutir Talento Nato x Talento Desenvolvido em um post futuro, mas adiantando o assunto, na minha opinião, lógica é uma coisa que não se ensina).

E lá estou eu como o abacaxi para descascar e aquela sensação incomoda no estômago, erro meu, erro dele, erro de quem contratou, não importa, eu tinha que resolver. E para agravar a situação o cara estava com a esposa grávida de cinco meses. Nunca é fácil.

Marquei uma reunião como ele, mas antes que eu pudesse entrar no assunto ele diz que tem uma coisa para me falar. Havia passado em um concurso público e estava pedindo demissão. Chegou à conclusão que na nossa empresa se trabalhava demais e isso não era para ele, tinha outras prioridades na vida.

Salvo pelo gongo. Como diria minha avó, tenho mais sorte que juízo.
Fica a lição.

[]s
Jack DelaVega