segunda-feira, 9 de maio de 2011

Como se manter dentro do círculo mesmo estando fora dele

O mercado se assemelha a um organismo vivo. Está em constante transformação, e como uma montanha russa, nossa carreira também sofre abalos e oscilações. Sejam mudanças lentas ou descontinuidades, precisamos estar preparados para as ameaças, fortalecendo os aspectos que estão sob nosso controle.

O desemprego é o maior abalo sofrido por um profissional, principalmente quando a zona de conforto já havia sido instaurada. Uma grande sensação de impotência e retrocesso, longe de ser exceção àqueles que vivenciam um momento como este.

Mas uma hora ou outra você tem que dar as caras ao mercado novamente e estufar o peito para conseguir respirar novos ares. Começam então a aparecer os sintomas típicos deste período: empolgação, ansiedade, impaciência, insegurança e desespero, respectivamente. O tempo de busca fica cada vez maior e é cada vez mais difícil se reposicionar. Como ser jogado para fora de um círculo em movimento, em que só se mantém naquele ritmo aqueles que fazem parte dele.

Mas como então seria possível sentir essa mesma inércia estando sob o efeito de uma outra gravidade?

Para estar conectado a este círculo você precisa de uma ponte. Uma ótima sugestão é listar aqueles com quem possui alguma admiração profissional, que te inspiram e são uma referência para você. Entre em contato, diga brevemente sobre sua situação e sugira um café para pedir alguns conselhos sobre sua carreira. O conselho você já ganhará. Se tiver sorte e souber estimular a empatia entre os dois, poderá até conseguir um novo emprego ali mesmo naquela cafeteria (acredite, isso acontece muito).

O importante mesmo é curtir essa fase como ouvinte. Muitos dos que estão empregados não possuem todo esse tempo para absorver novas visões e experiências, infelizmente. É quase como ter sessões de coaching de graça! Por isso, não pule etapas e controle o desespero. Sua capacidade de interação com outras pessoas será o segredo para nunca deixá-lo de fora de seu círculo profissional.


Beatriz Carvalho